NEGÓCIOS

Plano de exportação para fortalecer o Nordeste

Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, afirma que apesar da crise plano de exportação investirá R$ 5 bilhões na Região Nordeste

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Em entrevista exclusiva a quatro jornalistas do Nordeste e um do Norte, em Brasília, o Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto declarou que mesmo em meio à crise econômica no país afirmou que o Maranhão continuará a exportar soja e cada vez mais, e que não há motivos para preocupação. O Maranhão assim como os demais estados que fazem parte da região Nordeste estão dentro do eixo de trabalho do Plano Nacional de Exportação que contém estratégias para melhorar as rodovias, portos e aeroportos. “O plano de exportação vai aplicar cinco bilhões em rodovias, portuários e aeroportos, vai haver muitos investimentos. Temos a perspectiva de vários projetos. O Nordeste poderia ser mais contemplado, contudo tem muita coisa de logística exportadora que será muito importante melhorar”, explicou Armando Monteiro.

O ministro relatou que a participação do Nordeste na balança comercial ainda é uma representação aquém do que seria desejado, o Nordeste representa 13, 5 % do PIB nacional, e não alcançou ainda uma participação equivalente na exportação. “É preciso promover a exportação na região de maneira articulada com os governos estaduais, empresas exportadoras destes estados e com ao apoio da Apex Brasil que é um instrumento e forte aliada quando se trata de promoção de empresas de exportação e tem escritórios no exterior, que apoia as empresas que querem entrar no exterior”, afirmou o ministro.
Armando Nogueira esclareceu que logística exportadora irá oferecer mais corredores, terminais mais modernos. O ministro admitiu que o Nordeste precisa de mais investimentos, que deve haver um projeto ampliado e outros ramais para ter custos mais baixos. “O período é de ajuste da economia e se caracteriza de uma forte retração no mercado doméstico, os números estão mostrando isso é queda nas vendas de automóveis, de eletrodomésticos de bens de uma forma geral, por conta da queda da atividade econômica”.
Durante a entrevista, o ministro acrescentou ainda que governo federal está segurando os gastos, o consumidor está mais retraído, o crédito está mais escasso, isso tudo é resultado dos ajustes que estão em curso na economia brasileira. No entanto, haverá um momento a economia será reequilibrada e é retomado o crescimento, enquanto isso não acontece, tem que haver alternativas, então se não há demanda interna vamos contratar demanda externa. “A exportação é uma maneira de contratar demanda externa, ou seja, para manter e gerar empregos no Brasil, pois os bens que são exportados são produzidos aqui, por exemplo, se uma fábrica vendia 90% do mercado interno e o mercado caiu, e ela vendia 10 % no mercado externo o movimento natural é procurar vender mais no mercado externo para compensar a queda que teve no mercado interno”, falou.
Armando Monteiro disse também, que o canal da exportação é um caminho óbvio, no momento em que o país passa por uma retração forte no mercado doméstico, e que 97% dos consumidores do planeta estão fora das fronteiras do Brasil; ou seja, o país só representa 3% da população mundial existem 33 Brasis em termo equivalente do PIB fora de nossas fronteiras. “O Brasil tem que buscar esse mercado externo e a melhor forma de fazê-lo é através do comércio exterior, das exportações e das importações também”, disse o ministro.
Sobre o comércio exterior, o ministro Armando Monteiro, explicou que é uma via de mão dupla, e que não existe essa coisa de “eu só exporto” ou “eu exporto e importo”. Por isso, o Plano Nacional de Exportação é muito importante para ativar os canais de exportações para gerar empregos no Brasil.
O primeiro o acesso ao mercado, pois existem as barreiras tarifárias e barreiras não tarifárias, por exemplo, nos Estados Unidos os maiores problemas são as barreiras não tarifária, espécie de normas técnicas que são exigidas para produtos brasileiros para serem vendidos nos EUA e o padrão de normas brasileiras não são compatíveis com os deles. “O plano está no esforço de harmonizar e padronizar as normas do Brasil com o Estados Unidos e assim facilitar e promover o mercado de exportação. Em outros lugares o problema é tarifário, no Chile, Peru e Colômbia é necessário antecipar o cronograma de desgravação tarifária ir diminuindo a tarifa que hoje é praticada neste mercado”.
Armando Monteiro destacou que o Brasil apoia a internacionalização das empresas brasileiras, e que há um movimento natural das empresas irem para fora. E que neste momento o país apoia fazendo acordo de cooperação e facilitação de investimentos, tanto que alguns já foram assinados com vários países como por exemplo, Angola, Moçambique, México entre outros.
Mercosul
O ministro destacou que o Mercosul é de grande importância para o Brasil, mesmo passando por dificuldades é um ativo que deve ser preservado. “É um casamento indissolúvel, mas não significa que não deve haver discussões. O Brasil tem que ir junto com os mesmos blocos ou em velocidades diferentes, há certo grau de liberdade um acordo ampliado “, disse.
São 16 anos para fechar um acordo com muitas dificuldades, o MERCOSUL é ampliado com a União Europeia. O bloco Mercosul vai fazer acordo com o Brasil e com o bloco europeu até o fim do semestre.
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