Amigos, diz o velho ditado que “o medo de perder tira a vontade de ganhar”. Foi o que aconteceu com o Sampaio Corrêa diante do Oeste, em Osasco-SP, na noite da última terça-feira. Enfrentando um adversário de igual nível técnico, num estádio com apenas trezentos torcedores que não faziam nenhum barulho, o que teria levado o Tricolor a adotar uma postura defensiva até tomar o gol, e somente depois disso buscar, desesperadamente, o ataque?

No mínimo, houve um erro de estratégia do técnico Léo Condé. Quem viu um Sampaio aguerrido, determinando o ritmo dos últimos jogos, ficou patético ao presenciar uma tática suicida que acabou se consolidando com o resultado lógico: uma derrota, que também foi um castigo àqueles que já entram em campo se sentindo em condições inferiores ou coisa parecida.

A situação ficou pior ainda, quando a equipe sampaína, mesmo estando em vantagem no número de atletas em campo, após a expulsão de um dos jogadores do Oeste, o técnico em vez de colocar mais um atacante preferiu trocar um lateral por outro. Saiu Daniel Damião para entrada de Arlindo Maracanã. A não ser que o próprio Damião tenha sentido cansaço, a substituição foi completamente equivocada para o momento do jogo. Talvez tivesse maior sucesso, tirando um dos volantes e lançando Valdir ou Geraldo, jogadores com presença de área, para atacar com maior agressividade.

De nada adiantou o Tricolor tentar o empate, pois da forma desordenada como buscava o gol, poderia jogar até o dia amanhecer, que jamais conseguiria seu intento. Com dois zagueiros de elevada estatura, ficar fazendo cruzamentos pelo alto para a porta do gol, sucessivamente, é “chover no molhado”. E parece que só os jogadores e o técnico não percebiam isso.

Em síntese, o Sampaio bem que poderia ter amanhecido ontem na vice-liderança da Série B, pois os resultados da rodada lhe foram favoráveis, mas não acreditou no seu potencial e perdeu mais uma grande chance.

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É muito provável que o Sampaio modifique sua maneira de jogar no próximo sábado, quando estará enfrentando o Atlético-Go, no Serra Dourada. Além de necessitar vencer para brigar, de fato, por uma das quatro primeiras posições, o Tricolor vai entrar num gramado com dimensões quase idênticas ao do Castelão. Dessa forma, o jogo fica mais aberto e num espaço em que o time está mais adaptado.

A volta de Pimentinha ao ataque deve também influenciar no comportamento tático das duas equipes. Como o Atlético-GO já sabe o perigo que representa a velocidade do Baixinho, certamente atacará menos pelo lado direito da defesa tricolor, setor mais vulnerável no momento. Aliás, não é de hoje que alertamos sobre a grave deficiência de marcação desse lateral Daniel Damião. O adversário também já sabe disso e tem aproveitado para explorar o setor.

O maranhense Ruan é um bom goleiro, mas a cada jogo vem confirmando aquilo que temos dito aqui. Difícil um jogo em que ele deixe de praticar grandes defesas, mas não comprometa ao falhar em lances defensáveis. No gol que deu origem à derrota para o Oeste, em vez de fechar o ângulo direito, ele abriu para o esquerdo e deixou tudo escancarado para Mazinho fazer um golaço. Já tinha saído mal (atrasado) da meta no primeiro gol do ABC.

Da forma como vem atuando esse atacante Douglas, poucos gols ele deve fazer neste Campeonato Brasileiro. O camisa 9 tricolor, além de aceitar a marcação no setor central da zaga, não se desloca a fim de proporcionar a entrada de Nádson e Válber para as finalizações. Pesadão, não tem velocidade e habilidade ou então está muito mal orientado. Por isso, a galera não tem gostado de suas atuações. Já tem gente pedindo a contratação de um “homem-gol” de verdade ao presidente Frota.