SÃO LUÍS

Historiador explica o processo de adesão a proclamação da República

O Maranhão foi uma das últimas regiões a aceitar a Independência

Você se lembra das aulas de história do ensino fundamental quando o professor falava sobre o dia 7 de setembro de 1822? Esta data é lembrada até os dias de hoje, pois foi neste dia que Dom Pedro I, às margens do Rio Ipiranga proclamou por definitivo a Independência do Brasil.
Mas segundo o doutor em História da Universidade Estadual do Maranhão, Marcelo Cheche, apenas uma parte da América Portuguesa que era a colônia resolveu se tornar independente. “Não estava previsto ou escrito em qualquer outro lugar que todo o restante do país fosse concordar, pois os interesses não eram os mesmos. Não era por que todos estavam na América Portuguesa que os interesses em relação a Portugal era iguais”.
O especialista explica que entre as regiões que discordavam da proclamação estava o Maranhão. O estado só aderiu à Independência quase um ano depois do anuncio de Dom Pedro I, em 28 de julho de 1823.
Os comerciantes da época ainda resistiam em não receber ordens do Rio de Janeiro, pois possuíam uma forte ligação com a coroa portuguesa principalmente para negociações. A partir de 1823, o Maranhão deixou de ser um estado colonial de Portugal e se tornou uma província do Império do Brasil, que passou a receber ordens do sul do país, explica o historiador.
“As tropas brasileiras ficarem ancoradas na Bahia de São Marcos em São Luís, os produtores de algodão da época se sentiram intimidados e com medo de existir uma revolta por parte dos negros. Por este motivo os comerciantes de algodão foram obrigados a assinar o termo de adesão a Independência no Maranhão”.
Marcelo Cheche acrescenta ainda que a palavra adesão passa a impressão de que a medida foi tomada por espontânea vontade, mas foi apenas um termo utilizado no documento assinado em 28 de julho de 1822. De fato a adesão do Maranhão foi imposta e não foi por vontade própria.
Feriado
O relato histórico serve para esclarecer sobre o tema, já que muitos desconhecem o motivo da data comemorativa. Este ano a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Estado do Maranhão, determinou que as empresas terceirizadas irão respeitar o feriado do dia 28 de julho. Aquelas que decidirem abrir as portas deverão trocar o trabalho no feriado, por hora extra ou folga para os funcionários.
“Quando percebemos que trabalhadores da iniciativa privada não respeitavam o feriado, alertamos todas as empresas. Caso o funcionário precise trabalhar deverá ser pago hora extra ou o direto a um dia de folga”, relata o superintendente Regional do Trabalho do Maranhão Sílvio Pinheiro.
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