O mercado nacional não sorriu para Luiz Felipe Scolari desde que ele deixou o comando do Grêmio, há três semanas. Por isso o destino do técnico o levou ao outro lado do mundo, para o Guangzhou Evergrande. Ele assinou contrato com o multicampeão chinês nesta quinta-feira, conforme anunciou o próprio clube.
O tempo de contrato não foi divulgado, mas é certo que toda a comissão técnica acompanha Felipão no desafio na China. É a quinta experiência estrangeira do treinador, que já trabalhou no Japão, Portugal e Uzbequistão.
Felipão há muito não convence nos trabalhos que faz. À frente da Seleção Brasileira, acabou apontado como um dos principais culpados pelo vexame na Copa do Mundo de 2014. Depois assumiu o Grêmio e não conseguiu mais do que o sétimo lugar do Campeonato Brasileiro do mesmo ano. Nesta temporada acabou demitido pela inconsistência gremista entre o vice do Gauchão e o início do Nacional.
Na China, porém, o treinador deve encontrar contexto a seu favor. O Evergrande sustenta hegemonia ao vencer os quatro últimos Campeonatos Chineses. Neste período a equipe foi comandada pelo italiano Marcelo Lippi, campeão mundial com a Itália em 2006, e Fabio Cannavaro, que foi o capitão da seleção naquela Copa do Mundo.
Felipão terá quatro brasileiros sob seu comando no Evergrande: os meio-campistas Renê Júnior e Elkeson, e os atacantes Alan e Ricardo Goulart. A equipe lidera o equilibrado Campeonato Chinês mesmo tendo seis tropeços em 13 rodadas – está à frente do Shandong Luneng nos critérios de desempate.
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