Durante toda a semana, a instituição realizará uma vasta programação de atividades que inclui ciclo de palestras, debates, visitas, panfletagem, dentre outros. O objetivo é chamar a atenção da sociedade para as diversas formas de violência sofrida pela pessoa idosa, na perspectiva de mobilizar e sensibilizar a população para essa grave e condenável problemática. O evento é alusivo ao Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa.

A defensora pública geral, Mariana Albano de Almeida, que presidiu a solenidade de abertura, ressaltou a importância de fomentar este tipo de discussão. “A Defensoria Pública é uma referência na defesa e promoção dos direitos humanos no Estado, e muito disso perpassa pelo trabalho sistemático de combate à violência contra os idosos. Buscaremos nestes dias de evento promover diálogos francos e contundentes capazes de efetivamente sensibilizar agentes do poder público e sociedade para a necessidade de se estabelecer práticas de valorização do idoso e de enfrentamento à violência”, disse.

A abertura da campanha contou com a apresentação do Coral do PAI – Francisco Xavier Jara e uma performance do grupo de idosos “Amigos do GEN”, focado no Estatuto do Idoso. Dando início às palestras, a psicóloga especialista em psicopedagogia, neuropsicologia e gerontologia, Fabíola Medeiros, abordou o tema “Os reflexos psicológicos da violência contra a pessoa idosa”.

A assistente social e coordenadora do Ciapvi, Isabel de Fátima Lopizic, reafirmou que campanhas como estas fortalecem o combate à violência contra o idoso. “Infelizmente nenhum país do mundo está imune à violência contra a pessoa idosa, mas temos que encontrar formas de combater esse mal. A Defensoria, por meio do Ciapvi, tem contribuído para uma ampla discussão do tema, envolvendo várias instituições, com o intuito de fortalecer, sobretudo, os laços familiares, pois é em casa que acontece o maior número de casos de violência contra o idoso”, relatou.

Segundo dados do relatório do Ciapvi, a Defensoria realizou, em 2015, cerca de 3.314 atuações, entre orientação familiar, mediação de conflito, palestras, encaminhamentos, atendimentos sociais, psicológicos e jurídicos, dentre outros. O Bairro de Fátima é a localidade com o maior número de casos de violência na Grande São Luís e os filhos ainda são os maiores agressores.

O secretário adjunto de Proteção Social da Secretaria da Criança e Assistência Social de São Luís (Semcas), Rodrigo Desterro, na ocasião representando a secretária Andrea Everton Lauande, destacou a importância da participação das instituições públicas na criação de mecanismos de proteção desse segmento. “Temos, antes de tudo, que trabalhar na prevenção, na criação de políticas públicas capazes de assegurar aos idosos um envelhecimento digno. Isto só será realidade a partir da atuação intersetorial, nos mais diversos campos, como educação, lazer, cultura e saúde”