Em partida eletrizante, a seleção feminina de handebol superou Cuba por 26 a 22 na final do Pan-Americano de Havana e faturou o título da competição de forma invicta.
Com o ginásio completamente lotado, o Brasil não se intimidou e soube aproveitar as chances criadas para levar mais uma conquista para casa.
O primeiro tempo começou muito equilibrado. Incendiadas pela torcida, as cubanas saíram na frente e permaneceram com a vantagem graças a goleira Eneleidys Guevara, que defendeu dois sete metros seguidos e parou bons ataques do Brasil. Porém, depois das belas infiltrações da jovem central Gabi Constantino e dos contra-ataques puxados pela ponta Jéssica Quintino, o Brasil passou na frente aos 13 minutos, com o 5 a 4 no placar. Com as duas equipes vibrantes, a partida começou a ficar pegada. As brasileiras souberam tirar proveito da situação e fecharam o primeiro tempo com 13 a 11 no marcador.
A segunda etapa foi emocionante do começo ao fim. Cuba iniciou com tudo e virou o placar em poucos minutos. Com a goleira Eneleidys Guevara ainda inspirada, as brasileiras tiveram dificuldades para marcar, mas encontrou na armadora Amanda Andrade o caminho do gol. Com os potentes chutes de longa distância, a atleta número 6 da seleção foi a destaque e artilheira da partida com seis gols, ao lado da ponta esquerda Larissa Araújo. A vitória veio, ao 55 minutos, quando o Brasil, com uma jogadora a menos, recuperou a bola na defesa e fez o gol no contra-ataque, abrindo três tentos de vantagem, que permaneceu até o fim.
Para a capitã Dara, as brasileiras souberam mostrar a cara do país em quadra. “Fomos do menos para o mais. Talvez não mostramos o melhor handebol no começo da competição, mas mostramos a cara do Brasil na fase decisiva. Jogamos com raça e determinação. Essa foi uma vitória do grupo. Estão todas de parabéns”, disse.
O técnico do Brasil, o dinamarquês Morten Soubak, elogiou a postura da equipe. “Estamos muito felizes. Foi a melhor partida do campeonato. Conseguimos construir um time jovem sem grande preparação ou amistosos. Mesmo com o ginásio incendiado quando Cuba estava na frente, o time continuou firme. Esse foi o Pan-Americano mais disputado que já vi. O grupo está de parabéns”, declarou.