Desde que o cantor Zayn Malik saiu do One Direction para investir na carreira solo, a boyband britânica entrou em colapso. Nas semanas seguintes, surgiram boatos de que outro integrante, desta vez Harry Styles, também pudesse deixar o grupo para se dedicar ao ofício de ator. Os rumores não se confirmaram, mas serviram para colocar mais pressão sobre o agora quarteto, considerado o grupo de meninos mais bem-sucedido desde os Backstreet Boys, e criar uma expectativa em torno das novas boybands do mercado.
O One Direction surgiu em 2010 durante a seleção do programa The X factor, no Reino Unido. Os cinco integrantes da primeira formação acabaram juntos após serem dispensados na etapa da competição solo. A ideia de montar o quinteto surgiu dos jurados da época, Simon Cowell e Nicole Scherzinger. Apesar de não terem vencido o programa, eles ficaram em terceiro lugar, saíram do reality com um contrato de US$ 2 milhões com a gravadora Syco (de Simon Cowell) e conseguiram mais sucesso do que os ex-participantes Matt Cardle e Rebecca Ferguson, primeiro e segundo colocados naquela temporada, respectivamente.
Mas o reinado do One Direction está ameaçado. A saída de Malik representa a quebra do ideal de amizade eterna entre os integrantes, além de ser uma perda musical ao grupo. “Zayn era um dos três vocalistas, sem ele, o One Direction perde as notas mais agudas, o que atrapalha nas partes melódicas de muitas das canções. Ele também era o menino árabe, que atingia uma parte do público específico”, explica o DJ e produtor Wilson Nemov.
Para evitar que a crise se alastre, o grupo anunciou que lançará neste ano um disco com a nova formação. A intenção é se manter no mercado. “Eles vão se preparar para suprir a perda do Malik como cantor. O problema é a imagem que definha com a saída do integrante. As vendas devem cair. Esse álbum trará o mesmo som, mas enfraquecido pela falta de um elemento que cumpria um papel na relação com a base de fãs”, comenta Nemov.
Na crista da onda
Com a indefinição nos rumos que o One Direction seguirá, muitas boybands aproveitam a lacuna. É o caso do The Vamps. Assim que o grupo surgiu em 2012 cantando covers no Youtube, as comparações com o One Direction vieram à tona. No entanto, o quarteto, constitutído por Brad Simpson, James McVey, Connor Ball e Tristan Evans, se diferencia principalmente por ser uma boyband em que, além dos integrantes cantarem, tocam instrumentos. O álbum de estreia é Meet The Vamps, de 2014.