IFMA

Maranhão marca presença na Mostra de Inovação Tecnológica em evento mundial em Recife-PE

Inclusão social e desenvolvimento de reator didático para o ensino são os destaques maranhenses no III Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica

Como ensinar a tabela periódica para alunos com deficiência visual ou auditiva? De que forma explicar em sala de aula como funciona um reator para fabricação de biodiesel sem ter que desembolsar muito dinheiro? Foi pensando nessas soluções práticas que professores e estudantes do Instituto Federal do Maranhão (IFMA) desenvolveram os projetos de pesquisa “Bancada eletrônica de elementos da tabela periódica adaptada para alunos com cegueira e surdez” e “Reator didático para a fabricação de biodiesel”, que estão sendo apresentados na Mostra de Inovação Tecnológica do III Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica, que acontece na capital pernambucana desde a noite de terça-feira (26) e se encerra hoje (29).
A pesquisa “Reator didático para a fabricação de biodiesel” foi desenvolvida pelo professor Wellington Dias do IFMA – Campus Barra do Corda, e conta com a participação de dois alunos da instituição. “A proposta foi de trazer para o laboratório escolar um reator didático para suprir as necessidades práticas que as aulas de Química requerem no que diz respeito às reações de fabrico de biodiesel”, explica o professor. O invento é uma alternativa didática para demonstração de processos e reações que ocorrem em equipamentos industriais de grande porte, mas com baixo custo de produção. É possível utilizar matérias-primas de fontes variadas como óleo de dendê, babaçu, milho, girassol, soja, canola, colza, amendoim, mamona, óleos e gorduras residuais resultantes de processos domésticos, comerciais e industriais.
O professor Wellington Dias, explica a importância de participar de um grande evento. “O Fórum mundial é um espaço intelectual para mostrar o que estamos produzindo. E nós, professores, nos sentimos valorizados. É muito importante também para a formação dos nossos alunos, pois é o momento em que avaliamos o seu comportamento intelectual e até moral”, avalia o professor. Já o estudante do curso técnico em Química e participante do trabalho, Jhogenes Rocha, pontua a praticidade que o trabalho possibilita para o ensino. “Com esse trabalho o aluno tem uma mostra prática do todo o conhecimento teórico que se aprende em sala de aula. Assim, fica mais didática a nossa aprendizagem”, relata.
E direto de Caxias, o trabalho “Bancada eletrônica de elementos da tabela periódica adaptada para alunos com cegueira e surdez” veio com a proposta de inclusão social de estudantes com deficiência. “A ideia surgiu a partir de uma disciplina em que realizamos uma pesquisa de campo com alunos que possuem necessidades especiais das escolas municipais e estaduais do município. Percebemos que o material didático para esse público era muito carente, e uma das maiores dificuldades entre eles era entender a tabela periódica; por isso, desenvolvemos uma tabela adaptada com sucata eletrônica. A finalidade era tornar a bancada eletrônica mais acessível, com menor custo e com maior potencialidade de favorecer o ensino aprendizagem desses alunos”, explica Nadjahilton Severo do Monte, estudante envolvido no projeto.
“O mais importante em nosso trabalho é a inclusão. É muito gratificante saber que podemos ajudar pessoas com deficiência. Recebemos hoje, inclusive, um grupo de pessoas com deficiência visual e eles ficaram muito felizes em saber de um trabalho que os incluíam e que eles podiam participar”, explica o professor Luís Claudio Mendes.
A Mostra de Inovação Tecnológica reuniu nos dias 27, 28 e 29 de maio exposições de produtos, protótipos e processos inovadores desenvolvidos por estudantes, técnicos e professores da Rede Federal e demais instituições que desenvolvem tecnologia e inovação. Os diversos estandes instalados no espaço serviram como uma vitrine das inovações científicas e tecnológicas da atualidade. Foram vários os temas apresentados, tais como: software virtual para treinamento de funcionários; ração para peixes a partir de sementes de açaí e castanha; simulador de chuvas; protótipo de veículo off-road; patentes, e outros temas.
O fórum mundial nasceu do Fórum Mundial de Educação e do Fórum Social Mundial. O evento faz parte de um movimento pela cidadania e pelo direito universal à educação, reunindo instituições, entidades e associações de todo o planeta. Nomes de referência nas áreas de educação, inovação tecnológica, empreendedorismo, políticas públicas e movimentos sociais se reuniram nos quatro dias do evento que se encerra hoje.
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