ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

Linhaça reduz TPM e combate excesso de gordura no sangue

A linhaça é uma semente antiga. Responsável pelo crescimento do linho, há relatos do consumo dela desde 5000 a.C. na Mesopotâmia — há 4 mil anos, começou a cultura da planta como fibra têxtil e, há 2.500, passou a ser usada como medicamento. Desde 1550, é cultivada no Sul do Brasil. A semente tem várias […]

A linhaça é uma semente antiga. Responsável pelo crescimento do linho, há relatos do consumo dela desde 5000 a.C. na Mesopotâmia — há 4 mil anos, começou a cultura da planta como fibra têxtil e, há 2.500, passou a ser usada como medicamento. Desde 1550, é cultivada no Sul do Brasil. A semente tem várias características interessantes. É uma das maiores fontes de ômega 3 e rica em lignanas, um fitoesteroide que imita a ação do hormônio estrogênio.
Além disso, a linhaça é cheia de nutrientes, fibras e outras substâncias que ajudam a diminuir o risco de doenças. Por ter tantas funções, a linhaça passou a ser considerada um alimento funcional. “É toda substância que neutraliza radicais livres, combate o excesso de gorduras no sangue, desentope e mantém livres as artérias (que defendem e fortalecem o organismo), combate o envelhecimento celular e o aparecimento de doenças cancerígenas”, explica a nutricionista Carina Tafas.
Química e autora do livro O poder de cura da linhaça, Conceição Trucom explica que a consciência de que a semente é uma das fontes de ômega 3 mais fáceis, econômicas e acessíveis está crescendo e o consumo também está subindo. “Todos os tipos de linhaça possuem ômega 3, ômega 6 e ômega 9, são uma boa fonte de proteína vegetal, vitaminas e minerais, e contêm boa quantidade de fibras. A diferença entre os subprodutos está na quantidade”, afirma Carina. A farinha, por exemplo, é mais rica em fibras, portanto, ideal para quem sofre de prisão de ventre, enquanto o grão apresenta tanto as fibras como os ômegas, vitaminas e minerais. Os óleos apresentam grande concentração dos ácidos graxos, portanto, são mais indicados para quem quer diminuir os sintomas da TPM.
Entre os benefícios da linhaça estão o controle da glicemia, a redução da prisão de ventre, a regularização da pressão arterial, a diminuição da retenção de líquidos e da redução dos sintomas da menopausa dos riscos de inflamações. Além disso, atua na prevenção da obesidade. “Quando ingerida com as refeições, a semente aumenta a saciedade”, destaca a nutricionista. A grande quantidade de fibras reduz a absorção de gorduras, enquanto os ácidos graxos atuam como potentes antioxidantes que diminuem a inflamação — por isso, são úteis na guerra contra as temidas celulites. Conceição explica que a linhaça, por ser um agente desentoxicante, acaba ajudando o trânsito intestinal. “A consequência de um corpo que funciona bem é pele bonita, cabelo saudável e peso ideal.”
O grande problema é que as pessoas ainda não sabem direito como escolher o tipo da linhaça que vão consumir. “A farinha não é a linhaça na íntegra, a maior parte do ômega 3 é extraída para ser vendida inteira ou na forma de óleo. Algumas pessoas compram a semente inteira, mas trituram ou batem no liquidificador, o que também não é certo”, ensina Conceição. O ideal é hidratar a semente entre oito a 16 horas, até o momento que antecede a germinação. “Na hora que você tira ela da casca, acontecem diversas variações físico-químicas que a transformam em um super-alimento”, completa.
A linhaça funciona de forma interna e até externa — existem alguns produtos de uso tópico com a semente que funcionam, inclusive, para esfoliação. “Eu recomendo o óleo de linhaça para tratar de queda de cabelo a candidíase, passando pela psoríase. Mas, quando for ingerido, é preciso indicação médica, porque o sistema hepático não dá conta de digerir completamente. Não se pode exagerar”, explica.
Remédio natural
As lignanas presentes na linhaça podem ter efeito na menopausa e na TPM e diminuir o risco de câncer de mama por serem semelhantes ao estrogênio. “Elas são fitoestrógenos presentes nas paredes celulares dos vegetais que apresentam propriedades antioxidantes e anticarcinogênicas”, afirma Carina.
 
 
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