BASTIDORES
De novo, CPI carcerária
Uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Sistema Carcerário está percorrendo o país, visitando as unidades prisionais, inclusive o velho e tristemente famoso Complexo de Pedrinhas
Uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Sistema Carcerário está percorrendo o país, visitando as unidades prisionais, inclusive o velho e tristemente famoso Complexo de Pedrinhas. O que chama a atenção é que, na mesma Câmara dos Deputados, outra CPI igualzinha foi criada, formada e percorreu as prisões de todo o Brasil, inclusive Pedrinhas, tendo sido emitido um robusto parecer, transformado em livro pelo relator deputado Domingos Dutra, do PT maranhense.
Agora, os deputados da nova CPI, inclusive a maranhense Eliziane Gama (PPS/PSB), voltarão a fazer o mesmo percurso e conhecer a mesma realidade. Certamente são outros parlamentares, outros presos que ocupam as mesmas cadeias e talvez algumas novas surgidas a partir do parecer de Dutra. Como se pode ver, deputado gosta de CPI, até de constituir várias que nem chegam a funcionar. Dá muita notícia e deixa os parlamentares por um longo período nas mídias.
A julgar pelo que aconteceu no Maranhão entre 2008/2015, pouca coisa mudou nos aspectos jurídico, social e de recuperação dos apenados. No entanto, uma nova unidade carcerária foi construída em Pedrinhas, no estilo de segurança máxima. Passou a funcionar no fim do governo Roseana, em 2014, sem nem ter sidoinaugurada. Aliás, governo nenhum inaugura penitenciária, nem para mostrar que os presos, acostumados a rebeliões sangrentas, passam a ter lugar mais difícil de se cavar túneis, abrir o cadeado das celas, da porta da frente, derrubar muros com caçamba e outras barbaridades.
Certo é que os deputados empossados em fevereiro já estão visitando cadeias pelo Brasil afora. A CPI do Sistema Carcerário esteve no Rio Grande do Norte e, nos próximos dias, em Pedrinhas. O requerimento da visitação, da deputada Eliziane Gama, foi aprovado e suas excelências vão retornar à Pedrinhas, seguidos por muitas câmeras e nenhuma ideia nova para humanizar os presídios, controlados por organizações bandidas que mandam e desmandam, praticam atrocidades e, desgraçadamente, adotam a autêntica lei do mais forte.
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