AUMENTO

Cesta básica de Belo Horizonte tem alta de 1,50% em abril

Tomate é o vilão da cesta básica na capital mineira, com alta de 18,75% em abril ante ao mês anterior

Os alimentos estão pesando no bolso do consumidor mineiro. É o que mostra a pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada nesta quinta-feira, sobre o custo da cesta básica em Belo Horizonte. Segundo dados regionais, a cesta alimentar mínima necessária para uma pessoa adulta na capital mineira foi de R$ 348,36 no mês de abril de 2015, uma alta de 1,50% em relação ao mês anterior e, em relação a abril de 2014, um avanço de 1,71%.
O trabalhador que ganha um salário mínimo recebeu R$ 724,96 depois dos descontos da parcela referente ao INSS sobre o valor bruto de R$ 788 e gastou, portanto, 48,05% do rendimento líquido para adquirir integralmente a alimentação mínima necessária estabelecida pelo governo, para o próprio sustento – sem falar no de toda a família e nas demais despesas do orçamento familiar.
Para comprar a alimentação mínima necessária o belo-horizontino precisou trabalhar, em abril deste ano, 97 horas e 15 minutos, contra 104 horas e 4 minutos, em abril do ano passado. Considerando uma pequena família de quatro pessoas, dois adultos e duas crianças, e supondo que as duas crianças consomem o equivalente a um adulto, o trabalhador de BH gastou R$ 1.045,08 somente para cobrir a despesa mínima familiar com alimentação.
Com base no custo da cesta básica das diversas capitais pesquisadas e considerando-se ainda o peso das demais despesas no orçamento familiar, o Dieese estima, mensalmente, o valor necessário para atender as necessidades básicas do trabalhador e da família, conforme assegura o artigo 7º, item IV da Constituição Federal. Para atender esse preceito constitucional, o salário mínimo necessário, em abril de 2015, teria que ser de R$ 3.251,61.
Produtos
A pesquisa mensal do custo da cesta básica é composta de treze produtos, em quantidades estabelecidas pelo Decreto-Lei 399, de 30.04.38, que regulamenta a Lei do Salário Mínimo. Esses produtos e suas respectivas quantidades por pessoa adulta são: carne (6,0 Kg); leite (7,5 L); feijão (4,5 Kg); arroz (3,0 Kg); farinha de trigo (1,5 Kg); batata (6,0 Kg); tomate (9,0 Kg); pão de sal (6,0 Kg); café em pó (0,6 Kg); banana (7,5 Dz.); açúcar (3,0 Kg); óleo de soja (0,9 L) e manteiga (0,75 Kg).
Comparando com o mês anterior, os produtos que tiveram as maiores altas no mês de abril deste ano foram o tomate (18,75%), a banana (6,06%) e a farinha (3,10%). Já os produtos que apresentaram queda de preços foram a batata (-24,43%), o arroz (-5,53%), o feijão (-0,77%) e o café (-0,33%).
Na variação em 12 meses, os produtos com maior elevação no preço médio foram o tomate (22,30%), a carne (9,66%) e o feijão (8,37%). Os produtos que apresentaram queda em seu preço médio no período assinalado foram a batata (-44,81), a banana (-17,45%), a manteiga (-1,01%) e o açúcar (-0,70%).
Na pesquisa do Dieese, o açúcar refinado foi substituído pelo açúcar cristal – em 1º de fevereiro de 2009 – pois a atualização da pesquisa de marcas e tipos de produtos, naquela época realizada, mostrou que esse é o tipo mais consumido na capital mineira. Na mesma data, foi acrescentado à pesquisa também o leite longa vida integral, devido à redução da oferta do leite tipo C.
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