Por temor de novo panelaço, Dilma cancela pronunciamento de 1º de maio

Dilma Rousseff não fará o tradicional pronunciamento em cadeia de rádio e televisão

A presidente Dilma Rousseff não fará o tradicional pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, alusivo ao Dia do Trabalho, comemorado em 1º de maio. Temendo a repetição de panelaços anteriores, Dilma optou por celebrar a data por meio das redes sociais. Não está definido ainda se ela publicará um vídeo na internet ou se o recado aos brasileiros será feito por mensagens de texto. A decisão foi tomada durante reunião do conselho político do governo no começo da noite desta segunda-feira (27/4).
Ministros próximos à presidente afirmaram ao Correio que “a construção da imagem é trabalho gradativo e se, neste momento, ainda estamos analisando fatos positivos a serem divulgados, é mais prudente guardarmos anúncios para momento posterior”.
É a primeira vez, desde que assumiu o governo, em 2011, que a presidente Dilma Rousseff não falará em cadeia nacional de rádio e televisão pelo Dia do Trabalho, em 1º de maio. “Ela vai dialogar pelas redes sociais com os brasileiros e brasileiras. Foi uma decisão coletiva de toda a coordenação política. Coletiva e unânime que ela deveria usar as redes sociais”, disse o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, na noite desta segunda-feira (27/04), após reunião com ministros.
A decisão do governo foi tomada depois que o primeiro pronunciamento de Dilma do ano, em 8 de março, no Dia Internacional da Mulher, foi acompanhado de panelaços, vaias e buzinaços pelo país. O temor era de que o mesmo ocorresse na próxima sexta-feira caso ela falasse. “A presidenta vai continuar usando a televisão, usando a cadeia nacional quando for necessário. Nesse momento, entendemos que não é a melhor forma de comunicação”, afirmou.
Todos os 10 ministros que participaram de reunião de coordenação política na tarde desta segunda concordaram que Dilma não deveria falar na próxima sexta na tevê e no rádio, segundo Silva. O ministro, no entanto, nega que o motivo seja o medo de novos “panelaços”.
“A presidenta não teme nenhum tipo de manifestação da democracia. Toda manifestação que é oriunda da construção de um Brasil democrático, a presidenta não tem temor por isso. A presidenta só está valorizando um outro modal de comunicação. Ela já valorizou as rádios, valoriza todos os dias a comunicação impressa, ela valoriza a televisão e ela resolveu, desta vez, valorizar as redes sociais”, disse o ministro, após a coletiva de imprensa. Segundo Silva, ainda não há definição de qual será o modelo adotado para se comunicar na próxima sexta.
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