Faltando ainda 17 meses para as eleições municipais de 2016, os partidos e suas lideranças já vivem o frisson que envolve a disputa da Prefeitura de São Luís. A fila de pretendentes à cadeira do prefeito Edivaldo Júnior não para de crescer. Como o posto é considerado estratégico até para outros degraus na carreira política, além do comando da principal cidade do Maranhão, é compreensiva a movimentação que se faz para chegar ao Palácio de La Ravardière.
Claro que as atenções estão voltadas para a relação parceira entre Edivaldo Júnior e o governador Flávio Dino, o principal responsável pela eleição do prefeito em 2012. Como esse tipo de parceria nunca existiu pra valer desde quando São Luís ganhou autonomia política em 1965, os dois aliados têm um ano e meio para mostrar que uma gestão compartilhada é o caminho para o enfrentamento dos principais problemas que atazanam a vida do cidadão ludovicense.
Eis o verdadeiro mistério da política. Uma ação que pode até não ser o milagre para todos os males da cidade, mas que, sem dúvida, vai aliviar muitos sofrimentos. Afinal, a eleição de Edivaldo Júnior foi o maior trampolim que Flávio Dino construiu para si em 2014 e para o grupo que consolidou sua vitória. Agora, Edivaldo precisa tanto de Flávio para se reeleger em 2016,quanto Flávio precisa de uma boa gestão de Edivaldo para se garantir em 2018. A política, afinal, é uma roda girando sempre sobre o eixo do poder.
Além de apoiar Edivaldo, Flávio, estrategicamente, não pode virar as costas para Eliziane Gama (PPS), com seu projeto de disputar a prefeitura. Nem desprezar um nome do PSDB, que pode ser tanto Neto Evangelista, quanto o reitor da UFMA, Natalino Salgado. Como João Castelo está procurando brecha legal para deixar o PSDB sem perder o mandato, ele é sondado tanto pelo DEM de Clovis Fecury, quanto o PTB de Pedro Fernandes, para disputar a prefeitura.
O ideal para os dois partidos é arrematar o projeto de fusão, com o DEM deixando de ser muleta do PSDB nacional e entrando na história do PTB trabalhista,trazida da era Vargas. Mas é recomendável nunca subestimar o nome de Roseana Sarney, que está recolhida da liça momentânea, mas não aposentada definitivamente da política.