A evolução tecnológica que modifica o mundo a cada dia também atinge a imagem cinematográfica. É natural que o cinema se apresente como plataforma privilegiada para dar vida aos universos concebidos na ficção científica. O gênero produziu clássicos que mobilizaram multidões de fãs e até hoje levam o público ao cinema. Ao mesmo tempo, porém, novos realizadores buscam linguagens e temas atuais, revigorando o gênero que fascina os fãs desde Viagem à Lua, de Georges Méliès, em 1902.
Os clássicos
Com orçamentos cada vez maiores e efeitos especiais que ajudam a construir mundos além da imaginação do espectador, o gênero vem garantindo êxito comercial aos estúdios há décadas. Franquias consagradas, como Star wars, Star trek e O exterminador do futuro continuam a arrecadar bilhões de dólares em todo o mundo e não dão sinais de cansaço.
O aguardado episódio sete da saga Star wars, criada por George Lucas, chegará às telas em dezembro deste ano sob a direção de J.J. Abrams, que, por sua vez, deu novo fôlego à série Star trek no cinema. Nos cinemas em julho, O exterminador do futuro: Gênesis — quinto filme inspirado no universo concebido por James Cameron — recruta novamente Arnold Schwarzenegger no papel do cyborg que o tornou um astro. George Miller, responsável por levar a trilogia pós-apocalíptica Mad Max para os cinemas nos anos 1970 e 1980, tomou a frente de Mad Max: Estrada da fúria, que traz Tom Hardy no papel consagrado por Mel Gibson, e estreará em maio.
Os novos
Embora os clássicos dos anos 1970 e 1980 não tenham perdido o apelo comercial, diretores novos e veteranos vêm aproveitando a tecnologia disponível para inovar o gênero. É o caso do sul-africano Neill Blomkamp, que, antes de atrelar-se à franquia Alien, impressionou com seu longa-metragem de estreia, Distrito 9 (2009).
Ele também dirigiu Elysium — com Alice Braga e Wagner Moura no elenco — e chegou aos cinemas recentemente com Chappie, que conta a história de um robô policial reprogramado com consciência humana. Assim como os filmes anteriores, a distopia de Chappie remete às desigualdades historicamente enfrentadas pela África do Sul. Nenhuma das produções, no entanto, repetiu o impacto de Distrito 9.