Projeto

Mulheres da Cidade Olímpica beneficiadas com a “Oficina de Resignificação de Lonas Potiguar”

Projeto do Grupo Potiguar une sustentabilidade e responsabilidade social.

Representantes da Potiguar com a artesã Maria Divina e o grupo de alunas da Oficina de Ressignificação de Lonas que o Grupo Potiguar promoveu na Cidade Olímpica (Foto: Divulgação)

Onde muitos vêm lixo, o Grupo Potiguar viu oportunidade para criar um projeto social que ajuda a transformar vidas, unindo responsabilidade social e sustentabilidade.Desde o ano de 2017 a Potiguar promove a Oficina de Ressignificação de Lonas. Um projeto itinerante que acontece em diversos bairros da periferia de São Luís e que já beneficiou mais de 3 mil mulheres em situação de vulnerabilidade social ao longo desse tempo.

O projeto consiste em minicursos de corte e costura básica que são promovidos pela Potiguar e ofertados gratuitamente para mulheres de baixa renda, moradoras de áreas da periferia da capital maranhense; com a coordenação geral da artesã Maria Divina contratada pela empresa.

Anderson Penha, coordenador de marketing da Potiguar, foi ver de perto o talento e a satisfação das alunas ao aprenderem a costurar usando as lonas doadas pela empresa.

“Tenho muito prazer em realizar esse projeto a convite da Potiguar, pois ele também me transforma. É gratificante ver como esse trabalho pode ajudar outras mulheres. Pessoas que nunca haviam costurado antes e que se achavam incapazes, mas que terminam a oficina sabendo fazer reparos e produzindo novos materiais como bolsas por exemplo. O que parece difícil no início, acaba sendo uma prazerosa descoberta. Ver o sorriso das alunas quando acabam de produzir uma nova peça não preço” revela a artesã.

Mas ao invés de tecido comum, o material usado nos cursos é a lona plástica de vinil. Um belo exemplo da prática denominada upcycling – processo de transformar materiais antigos ou descartados em novos produtos de maior qualidade e valor. Isso não só prolonga a vida útil dos materiais, como também ajuda a reduzir o impacto ambiental.

Todas as lonas usadas como insumo nessa oficina são materiais de propaganda da Potiguar que iriam ser descartadas, mas com o projeto, ganham um nobre destino: Servir de matéria prima para a aprendizagem de mulheres que sonham em ter trabalho e renda extra; e com isso uma vida mais digna.

Além de oferecer o treinamento gratuito e resgatar a autoestima das mulheres com o aprendizado de uma nova habilidade que poderá ser geradora de renda extra no futuro; todos os materiais diversos confeccionados nos cursos – bolsas, estojos, sacolas e aventais – são doados às alunas, que podem comercializar os produtos após o treinamento.

Segundo Anderson Penha, coordenador de marketing da Potiguar, ao criar esse projeto social a empresa também reforçou seu compromisso com a sustentabilidade, com benefícios sociais e ambientais:

“É gratificante darmos uma destinação mais nobre às lonas que seriam jogadas fora após o uso na empresa. Com o projeto social, esse material ganha nova vida nas mãos das alunas. O projeto circula nas comunidades e tem sempre um impacto muito positivo por onde passa. Queremos seguir inspirando mais mulheres a descobrirem novas habilidades. Apostamos muito nesse projeto que além de ajudar o meio ambiente evitando descartes, ainda ajuda a transformar muitas vidas” resumiu Anderson.

Mesmo em diferentes bairros, o perfil das alunas das oficinas é sempre o mesmo, mulheres na maioria das vezes sem escolaridade formal, sem renda para investir em capacitações e que por morarem em bairros afastados do centro da cidade, têm muita dificuldade para sair das comunidades em busca de mais oportunidades. A maioria tem tempo livre e não possui um emprego formal, e todas sonham com a mesma coisa: Aprender algo que ajude a aumentar a renda familiar e através de seu próprio trabalho ter acesso a uma vida mais digna.

Nessa mais recente edição o projeto aconteceu durante três dias, de 23 a 25 de julho, e beneficiou moradoras da Cidade Olímpica. O curso foi realizado na sede do Instituto Avivai, que fica na Av. Dinamarca, e reuniu 30 mulheres do bairro. A maioria nunca tinha tocado em uma máquina de costura antes. Após o curso, as alunas mais confiantes, já sonham com um futuro melhor através da costura.

Viviane Ribeiro tem 30 anos e participou da oficina. Ela mora na Cidade Olímpica com seus quatro filhos e ficou animada após os três dias do curso, que além dos produtos confeccionados, produziu também um novo projeto de vida para ela:

“Sou muito grata à Potiguar por essa oportunidade. Sempre tive o sonho de aprender a costurar, mas não tinha como sair para estudar pois tenho filhos pequenos. Me empenhei muito e aprendi o básico nesses três dias, vi que tenho jeito pra costura. Meu sonho agora é comprar uma máquina e me tornar uma mini empreendedora costurando em casa. Estava desempregada e desanimada, e esse curso levantou meu astral e renovou minhas esperanças. Agora vou batalhar para seguir costurando e com isso garantir o alimento para meus filhos” revelou emocionada a dona de casa e futura empreendedora.

Para Ilsinete Silva de Alencar, de 49 anos, essa oficina também trouxe relaxamento mental e mais confiança, além da aprendizagem de uma nova habilidade. Ao final do curso, ela exibia orgulhosa a bolsa que fez e que pretende usar muito, para sempre lembrar de que sua mente não tem limites:

“Esse curso foi maravilhoso, serviu para mostrar para gente que sempre podemos aprender algo novo. Eu nunca imaginei que ia aprender a costurar e ao conseguir fazer essa bolsa me senti vitoriosa. Quem arrasa na costura agora sou eu”, disse a aluna com a auto-estima bem mais elevada.Rosilene Azevedo é casada e já criou três filhos.

Ela agora tem tempo livre e com o projeto descobriu uma nova habilidade para essa fase de sua vida:

“Amei ter participado desse projeto da Potiguar e espero que continue por muitos anos. Que mais mulheres tenham a mesma chance que a gente teve aqui e que a empresa siga apoiando as comunidades. Meu plano agora é me profissionalizar e evoluir como costureira. A mulher pode tudo e aqui aprendemos que através do artesanato transformamos a vida. O que não serve para alguns, pode ser luxo para muitos outros” ensina Rosilene.

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