O Jornal O Imparcial entrevistou o Diretor da Alumar, Walmer Rocha, que nos recebeu para falar sobre os investimentos do Consórcio, anunciados na presença do governo federal e estadual em evento realizado na última sexta-feira, dia 10.

O Imparcial – O que significam exatamente estes investimentos que foram anunciados?

Walmer Rocha – A Alumar está presente em São Luis há 43 anos. Aqui estabelecemos uma importante operação, responsável por gerar grande parte do volume de alumínio produzido no Brasil. estamos chegando ao marco de  R$ 3 bilhões de reais em 3 anos. A primeira fase do investimento aconteceu quando religamos a fábrica de alumínio (Redução). Este é um processo custoso e complexo, pois falamos de máquinas grandiosas, que estavam paradas há algum tempo. Para que a Redução voltasse a funcionar contratamos 2.500 colaboradores diretos e indiretos, que seguem conosco nesta jornada até hoje. A segunda fase dos investimentos começou em 2022 e irá até 2024, com ações relacionadas à  melhoria e modernização da nossa planta e no fechamento de superfícies das nossas Áreas de Resíduo de Bauxita. Até o final de 2024, mais de 3 mil empregos temporários serão gerados e as contratações para os novos projetos da nossa planta priorizam os moradores das comunidades locais, até o momento, mais de 40% das pessoas contratadas são de comunidades vizinhas à planta.

No caminho do progresso mais sustentável

Como a Alumar se posiciona atualmente entre as indústrias que ocupam o estado do Maranhão?

Somos uma das maiores empregadoras do estado do Maranhão. Temos mais de 10 mil colaboradores e 92% deles são maranhenses.

Investir em nossa gente é uma forma de impulsionarmos o desenvolvimento regional, criando empregos e qualificando a mão de obra. São as pessoas que fazem a Alumar ser um grande consórcio, que contribui com geração de empregos, renda, impostos, e produtos estratégicos para um mundo mais sustentável e para o processo de transição energética pelo qual passa o Brasil.

A produção de Alumínio consome muita energia, é uma indústria eletrointensiva e, portanto, demanda muitos recursos naturais. Há investimentos ambientais realizados pela Alumar para compensar esse uso importante de recursos naturais?

Sim. De fato somos uma indústria eletrointensiva, ou seja, que consome muita energia elétrica. Quando religamos a fábrica de Alumínio fizemos com que ela funcionasse com energia limpa e contratos de compra de lastro 100% renovável, isso nos permite chegar a uma capacidade máxima de produção de 447 mil toneladas de Alumínio, o que trará ao Brasil a autossuficiência em relação a este metal estratégico. Produzimos, também, 3.85 milhões de toneladas de alumina por ano, com baixa emissão de gás carbônico. Além disso, a água utilizada em nossa produção é de reuso, não usamos água de fonte primária. Agimos de acordo com a legislação ambiental vigente e fazemos ainda mais: temos um Parque Ambiental dentro da Alumar, que é um dos maiores do País e que abriga mais de 90 espécies de fauna e 200 espécies de flora nativas da Amazônia. O parque está sempre aberto à visitação e recebe, em média, 8 mil visitantes por ano.

Na sua visão o que é necessário para que as indústrias, como a Alumar, sejam mais sustentáveis ambientalmente?

É importante dizer que cada indústria tem seus próprios desafios. No nosso caso, os investimentos em pessoas e no meio ambiente são o centro do nosso negócio, pois disso depende a continuidade da nossa atividade. Precisamos manter o equilíbrio entre produção, cuidado com o meio ambiente, com as pessoas e com a descarbonização. Para isso, precisamos que o poder público seja parceiro da indústria e ajude a pavimentar um caminho de progresso mais sustentável e com menor emissão de gases de efeito estufa (GEE). Incentivar a economia é outro ponto essencial. Nos últimos dois anos realizamos R$ 1,4 bilhão em aquisições de produtos  com fornecedores locais. Isso tem um impacto gigantesco na circulação de dinheiro, emprego, renda e crescimento econômico do Maranhão. Em 2022, foram destinados R$ 13,5 milhões entre ações de voluntariado, projetos comunitários, doações e projetos estruturantes.  Nos últimos dez anos foram aportados mais de R$ 35 milhões em projetos e patrocínios, por meio do programa de investimentos comunitários do Consórcio Alumar, do Instituto Alcoa e da Alcoa Foundation.

O senhor gostaria de deixar registrado alguma coisa?

Sim. Agradeço, em nome da Alumar, a oportunidade que o jornal O Imparcial nos deu, no sentido de contribuir para o conhecimento e importância  da nossa indústria. Somos muito orgulhosos de fazer parte da história de São Luís e do Maranhão. Temos imenso apreço por este lugar lindo, acolhedor e promissor para todo tipo de negócio. Desejamos que nos próximos anos possamos aumentar ainda mais o nosso protagonismo no estado contribuindo para um planeta mais saudável e uma operação cada vez mais eficiente e sustentável.

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