Modelo de negócio e referência em empreendedorismo
Funcionando desde dezembro de 2016 de frente para a orla marítima de São Luís, a Villa Food, como assim ficou mais conhecido, virou referência de modelo de negócio.

Reprodução

Para empreender é necessário ter coragem e determinação não importa o tipo do negócio. Normalmente, todo empreendimento conta com pessoas com duas competências: aquela que faz e a que negocia. Portanto, antes de abrir um negócio, tenha claro se você é do time dos que fazem ou dos que vendem. E foi se colocando no time dos que fazem que Rafael Coelho, um dos idealizadores do Na Praia Villa Food, localizada na Avenida Litorânea no Calhau, mergulhou de cabeça em um empreendimento que faz reúne em um só local, música, gastronomia e diversão diferenciados.
Funcionando desde dezembro de 2016 de frente para a orla marítima de São Luís, a Villa Food, como assim ficou mais conhecido, virou referência de modelo de negócio. Segundo Rafael, o empreendimento é resultado de uma junção de experiências com as quais ele teve desde adolescência, uma boa formação de um time de sócios e a inspiração dos serviços de atendimento semelhantes de Fortaleza e Jericoacoara, no Ceará.

O empresário cearense é engenheiro de produção e trabalhou por 10 anos em grandes indústrias antes de começar a empreender. “Quando você está empregado e tem o seu salário ali todo mês, toda oportunidade parece boa. Só depois que você entra no ramo que começa a ver que não é bem assim.”
Seu primeiro negócio foi um aplicativo chamado Offzone que chegou a ser notícia em rede nacional na época. A proposta do app era premiar quem conseguia usar o celular de uma maneira consciente em bares e restaurantes com o desafio de se desconectar do celular e interagir com as pessoas ao redor, aumentando o ticket médio de consumo em paralelo.

Por conta do projeto não ter tido o sucesso esperado, Rafael resolveu empreender em outras frentes. “Ideias boas sempre vão ter e geralmente são simples, a diferença estará no planejamento e na execução”. Para a criação do empreendimento a crise foi um dos fatores positivos, pois os empresário buscam custos operacionais menores e os quiosques atendem a este requisito. “Além disso empreendimento uniu fatores positivos para os clientes finais ao oferecer opções de comidas diferenciadas, inovadoras em um ambiente bastante aconchegante para diferentes público”, explicou o empresário.
Empreendimento conta com 10 parceiros
Atualmente com 10 parceiros, o empreendimento conta com as seguintes marcas: Diverno Gelateria, Doodle Pizza, Rex Dog, Casa do Ogro, Jo Jo Tacos – Comida Mexicana, Brinquedoteca Safari, Bunker Hamburgueria, Maui Poke – Comida Havaiana, Desfrut – Comida Saudável e Paulistano – Pastelaria, especializada na gastronomia de São Paulo.

“Somos pioneiros, mas ser pioneiro não é vantagem se você não o básico bem feito, isso é o que faz o diferencial a longo prazo. A curto prazo tem muito foguete que sobe, mas só tempo vai dizer quem se consegue manter lá em cima”, ressaltou Rafael Coelho.
O empresário revelou em entrevista a O Imparcial, que o desafio maior que enfrentou foi fazer o empreendimento em cinco meses. “Entre eu e meus sócios temos uma coisa importante, que é ‘vamos primeiro fazer para depois falar’. Enfrentamos muita burocracia, isso atrapalha o empreendedor. Criamos cerca de 50 empregos diretos e indiretos aquecendo a economia da cidade e criando revitalizando a Litorânea. No começo um vizinho não gostou, mas no final percebeu que atraímos mais fluxo para a área. As vezes as pessoas olham para o vizinho como um concorrente, e na verdade o teu vizinho está ali para agregar.
Padrão qualidade
Investimos em ter um atendimento com excelência, uma limpeza com excelência, um cronograma de inovação de eventos, isso tudo foi a nossa preocupação para se manter um padrão de qualidade. Estamos fazendo as coisas de uma maneira pensando a longo prazo. Acredito que esse é o nosso ouro. Esse é o nosso diferencial”, pontuou Rafael Coelho.
Com três anos de funcionamento, a Villa Food tem como público a família ao invés do publico tipo “baladinha” que na sua visão tem vida curta. “Já vi muito empresário fechando as portas. A gente apostou em um modelo de negócio não para ficarmos somente um, dois ou três anos para ficarmos no mercado. A gente está fazendo um negócio para ficar 10, 20 anos no mercado ou quem sabe mais”, contou o empresário.