reorganização das contas

Mulher: como conseguir sua independência financeira

Especialistas ensinam a reconhecer os erros que dificultam o equilíbrio das contas e entregam o caminho para ficar no verde em 2017

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Ensinar como se conquista a in­dependência financeira é a for­ma como duas especialistas em finanças pessoais encontraram para contribuir com o empoderamento da mulher no Brasil. Ana Lúcia Emmeri­ch e Cida Silveira desenvolveram um guia no formato de livro para ajudar brasileiras na reorganização das contas.

Em Suba no Salto & Conquiste sua In­dependência Financeira, lançado no últi­mo dezembro, as autoras orientam como promover a mudança de comportamento em relação ao dinheiro e ensinam a melhor forma de administrá-lo. E o melhor: sem depender de nenhum homem!

A seguir, Emmerich e Silveira explicam os principais sabotadores que impedem o sucesso financeiro das mulheres e entregam, também, como reverter a situação:

Autoengano

O primeiro sabotador é o autoengano. Conversando com pessoas que fizeram coaching, Emmerich notou que muitas não diferenciam preço e valor. O primeiro faz referência a quanto se paga por algo, enquanto o segundo tem mais relação com o retorno que se obtém ao fazer a compra. “Uma cliente dizia que o guarda-roupa valia R$ 50 mil e as joias, R$ 15 mil, para justificar o gasto com os itens”, contou ao fazer uma analogia. “Se você pagar R$ 500 em um short e uma blusa, qual liquidez real terá? Caso precise usá-los para pagar uma conta, as peças poderão ser usadas na transação?”

Memória do dinheiro

A relação do indivíduo com dinheiro nos seus primeiros anos de vida pode influenciar decisões financeiras na vida adulta, explica Emmerich. Algumas pessoas criadas com a ideia de que riqueza não traz felicidade, às vezes, podem desenvolver um comportamento de fuga. O mesmo acontece com quem acredita que todos os ricos conquistaram seus bens por meio de roubo. “Elas, quando começam a ganhar, pensam que precisam se livrar do dinheiro porque tem a ideia de que ele seria uma coisa ruim. Explico que para criar uma ONG, por exemplo, é necessário ter recursos”.

Terceirização da responsabilidade

Há muitas desculpas para a desorganização financeira, e algumas muito válidas, mas é importante assumir a responsabilidade pelos erros. “Alguns, quando ganham uma promoção no trabalho, imediatamente sobem o padrão de vida, quando poderiam aproveitar para gastar com coisas que valem mais a pena”. Quando não dão conta de sustentar a situação, usam diferentes desculpas para justificar problemas econômicos. Por fim, segundo Emmerich, é importante não cair no erro de se espelhar na vida do vizinho. “As pessoas querem ter a vida dos outros”.

Procrastinação

A hora de economizar é agora e não pode ser adiada, alerta a especialista. “O brasileiro tem um perfil imediatista de consumo. Não pensa muito em abrir mão de comprar algo agora para economizar e fazer uma viagem ou algo que dê mais prazer no futuro”.

E como mudar?

Silveira usa o GPS para fazer uma analogia de mudança de rumo. “Primeiro, é necessário saber onde você está, ou seja, qual é a real situação financeira. Depois, é preciso abolir o controle mental das finanças. Aconselho anotar tudo em uma planilha, faz diferença”. Somente então é possível traçar uma rota para chegar a um destino. “57% das famílias brasileiras estão endividadas. Para resolver, é preciso pagar primeiro as mais caras”, ensinou. Buscar uma forma alternativa de aumentar a renda é o conselho final da especialista.

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