FIEMA
Estudo aponta aumento no nível de atividade da construção civil no MA
Número de empregados no setor também cresceu no segundo semestre, mas as expectativas dos empresários continuam abaixo do esperado.
A indústria da construção civil do Maranhão está em seu segundo mês de crescimento no ano em relação aos índices de nível de atividade e de número de empregados. Os dados são da Sondagem da Indústria da Construção Civil do Maranhão, realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), no período de 1º a 13 de julho.
Segundo os empresários de construtoras de edifícios, de empresas de serviços e de obras de infraestrutura pesquisados, houve um aumento de 3,4 pontos no nível de atividade de junho, fechando em 40 pontos. Em maio, o índice também cresceu, assim como o número de empregados, que de maio para junho, mostrou um aumento de 3,7 pontos, marcando 36,9 pontos.
Apesar desses aumentos, o nível da atividade da construção civil e o número de empregados ainda permanecem abaixo da linha divisória de 50 pontos, indicando que o ritmo da produção e do emprego ainda não atingiu sua regularidade. (O indicador varia de 0 a 100, os resultados abaixo de 50 sinalizam queda na produção e acima aumento da produção).
O estudo detalha que o nível de atividade das pequenas empresas maranhenses marcou 42,5 pontos, bem como o das empresas de médio e grande porte, com 39,6 pontos, mas que em âmbito nacional, o índice teve aumento considerados leve, de 1,1 ponto, fechando o mês de junho com 41,2 pontos. Ainda no Maranhão, o índice de nível de atividade em relação ao usual continua apresentando aumento, passando de 25,8 pontos em maio para 26,9 pontos em junho. Entretanto, o indicador permanece abaixo de 50 pontos, indicando que o nível da atividade da indústria da construção está muito inferior ao usual.
Já a utilização da capacidade operacional (UCO) no Maranhão, segundo o estudo, sofreu queda de três pontos percentuais, marcando 60%. A UCO no Nordeste também caiu para 55%, e no Brasil, permaneceu em 56%, comportamento que mostra um cenário de baixa atividade na construção.
A Sondagem da Indústria da Construção do Maranhão também sinalizou que a margem de lucro operacional do segundo trimestre de 2016 apresentou aumento de 5,6 pontos em relação ao mesmo período de 2015, alcançando 35,1 pontos, porém mostra que as indústrias da construção apresentam uma margem de lucro insatisfatória. No Nordeste e no Brasil, o mesmo índice sofreu queda atingindo, no primeiro, 32 pontos, e no segundo, 30,6 pontos.
No que tange o índice referente à situação financeira, a pesquisa mostra aumento de 7,2 pontos no segundo trimestre em comparação ao mesmo período no ano passado, marcando 37,1 pontos. No país e na região do Nordeste, o índice apresenta queda, fechando em 34,8 pontos e 34,2 pontos, respectivamente.
Problemas e expectativas
A primeira posição do ranking dos principais problemas enfrentados pelos empresários maranhenses da indústria da construção civil no segundo trimestre foi dividido para dois itens: elevada carga tributária e falta de capital de giro, escolhidos por 55% dos empresários. Logo em seguida ficou a elevada taxa de juros, que no trimestre passado estava na primeira colocação para 60% dos respondentes e caiu, nesse trimestre, para 40%. Dentre outros problemas citados pelos empresários estão a demanda interna insuficiente (30%), a inadimplência dos clientes (20%) e a burocracia excessiva (15%).
Com isso, as expectativas dos empresários para os próximos seis meses, apesar da melhora dos índices, ainda não podem ser consideradas otimistas. Em junho, os índices de expectativa de nível de atividade e de compra de matérias-primas aumentaram, atingindo, ambos, 41,3 pontos. Os índices de expectativa de novos empreendimentos e de número de empregados também cresceram, marcando 38,7 pontos e 43,1 pontos, respectivamente, mas ainda estão abaixo dos 50 pontos.
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