NOVO CENÁRIO
Mercado atual exige novo perfil profissional
Consultor faz um resumo do novo contexto mercadológico brasileiro e afirma que o desemprego também é uma questão de qualificação
O mercado de trabalho atual experimenta mudanças e obriga empresas e pessoas a se adaptarem a um novo cenário. Tudo isto para continuar competindo no mundo corporativo. Fatores que incluem habilidades para usar novas ferramentas tecnológicas, novas formas de hierarquia, flexibilidade nos horários e diferentes ambientes de trabalho fazem parte do pacote que apresenta novidades e requer atenção dos profissionais, que devem estabelecer uma nova maneira de pensar para seguir de acordo com o que o mercado pede.
Conforme o consultor Ricardo Carreira, diretor geral da Escola de Negócios Excellence (ENE), a qualificação profissional sempre falará mais alto dentro desse contexto. Atualmente, há um número muito grande de pessoas desempregadas justamente porque não conseguem se adaptar a tais mudanças e não demonstram uma postura compatível com esse novo cenário. Em resumo, suas habilidades não ultrapassam o plano teórico ao nível do currículo.
“Em algumas áreas, há uma escassez de profissionais. Há vagas que ainda não puderam ser preenchidas simplesmente pela inexistência do perfil requerido. A grande maioria que está nas filas por vagas não tem as habilidades necessárias”, explica Carreira, acrescentando que o mercado de trabalho está exigente, desafiador e buscando cada vez mais profissionais com extenso conhecimento técnico.
A taxa de desemprego total da população economicamente ativa nas regiões metropolitanas das cidades é alta. “Pessoas com conhecimento técnico e prontas para assumir as vagas em aberto são a maior carência do mercado de trabalho atual, sem dúvida”, observa o consultor.
Carreira completa: “O mercado exige que o profissional esteja aberto ao aprendizado, seja rápido e se adapte facilmente ao ambiente onde vai trabalhar. É preciso também ter visão sistêmica, uma amplitude perceptiva. Saber enxergar os problemas do ambiente, mesmo estando dentro dele”.
Por outro lado, outro fator que está aumentando o déficit é a relação desigual entre a chamada geração Y e o mercado de trabalho. Os jovens são muito ágeis e aprendem tudo rapidamente. Porém, algumas empresas acabam perdendo esses funcionários por não oferecerem material para trabalho no ritmo em que eles procuram. Os jovens desejam ser constantemente desafiados e querem novidades a todo instante.
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