PROJETO

Maranhão ganha Primeiro Centro de Tratamento de Resíduos

Lixo hospitalar e resíduos perigosos e contaminantes produzidos no estado serão banidos. O centro trará qualidade de vida e proteção ao meio ambiente

O Maranhão ganhou, ontem, o primeiro Centro de Tratamento de Resíduos (CTR). O objetivo principal é a garantia de melhor qualidade de vida à população e maior proteção ao meio ambiente. A Maxtec Serviços Gerais e Manutenção Industrial foi quem promoveu o projeto determinando para onde lixo hospitalar e resíduos perigosos e contaminantes produzidos no estado serão banidos. “Independente da Ilha de São Luís, todo o Maranhão ganha com esse primeiro Centro de Tratamentos de Resíduos, com isso, nós entraremos para ajudar o poder público e as empresas que são grandes geradoras, e que hoje não têm onde destinar corretamente seus resíduos”, explicou o diretor da empresa Maxtec, Rogério Albino.
O atendimento é voltado às indústrias com seus resíduos perigosos e não perigosos na primeira fase do projeto. O tratamento é térmico feito por um incinerador, que trata o resíduo de indústrias, latas de tinta, latas de óleo e qualquer resíduo altamente contaminante, tanto para o meio ambiente, quanto para o cidadão.
Daqui a 60 dias, espera-se inaugurar a segunda fase do projeto, que é o transbordo de resíduos, onde se tira da prefeitura um custo bastante extenso, segundo afirma Rogério Albino. “A prefeitura é quem coleta o lixo das grandes geradoras, isso nós absorveremos, tirando esse ônus que hoje a prefeitura paga. Nós iremos transbordar de caminhões compactadores para carretas de grande porte, e teremos um custo logístico muito interessante e muito barato, uma vez que a gente vai levar a carga de seis caminhões de uma vez só para o aterro sanitário”.

“Independente da Ilha de São Luís, todo o Maranhão ganha com esse primeiro Centro de Tratamento de resíduos do estado, com isso, nós entraremos para ajudar o poder público e as empresas que são grandes geradoras, e que hoje não têm onde destinar corretamente seus resíduos”, Rogério Albino, diretor da empresa Maxtec

O terceiro processo da primeira fase está previsto para ser consolidado até o final de 2016. O pátio de reciclagem terá como objetivo reutilizar o máximo de lixo comum e atender à população, onde o cidadão poderá levar seu próprio resíduo para a central da empresa e ser remunerado. “Esse pátio é de significativa importância, até as pessoas podem trazer seus resíduos e ser remuneradas, e ao pagar esse resíduo, faremos com que o cidadão se interesse em fazer a reciclagem, além disso, fomentaremos a cadeia produtiva de catadores de lixo e as cooperativas que hoje não têm um local adequado para destinar seu lixo”, continua Rogério Albino.
O incinerador
É uma máquina que funciona para neutralizar o resíduo que possa contaminar o meio ambiente, sendo hospitalar ou químico, e através do fogo irá tornar-se cinzas, onde todos os compostos serão neutralizados. Pela combustão, sairão os gazes, que são tratados também pela máquina. Os gases tóxicos que iriam para o meio ambiente não vão mais, pois, antes, são transformados em cinzas e depois retirados e chamados de escória, para serem reciclados e utilizados na fabricação de materiais.
O destino das cinzas
Depois do tratamento térmico, a meta é diminuir cerca de 99% com sobra de 1% a 5%. Dependendo do que for incinerado, sobram as cinzas que irão para o laboratório onde serão feitas análises com a ideia de reinserir no processo produtivo da indústria cimenteira, asfalto e indústria de fertilizantes, dependendo da composição daquilo que for queimado e do que sobrou das cinzas. Já os resíduos como latas de óleo e vidro serão esterilizados – por conta da temperatura utilizada no processamento -, e reinserido na indústria de aço e vidro. “Os benefícios serão muito grandes, porque nós entendemos que a geração de lixo cada vez aumenta por conta do aumento da população, por conta da atividade produtiva industrial. Se nós não tivermos como reutilizar esse material, nós teremos uma degradação muito grande do meio ambiente, então, o nosso pensamento com o lançamento do Centro de Tratamento é justamente tentar minimizar esse impacto, tentar dar uma destinação principalmente para os grandes geradores”, acrescenta Albino.
As máquinas que irão fazer esse trabalho terão capacidade de incinerar 800 quilos de resíduos por hora, e funcionarão 24 horas por dia. “A meta daqui pra frente é ampliar o projeto, apresentando uma parceria público/privada para o governo do estado, para descentralizar nas regionais do estão Maranhão”, finalizou Rogério Albino.
Confira reportagem feita pela nossa TV Imparcial:
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