MENOS GASTOS
Para Dia das Mães a expectativa nas vendas são baixas
A estimativa de vendas para o Dia das Mães da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é de queda de 4,1% em 2016
A estimativa de vendas para o Dia das Mães da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é de queda de 4,1% em 2016. Se confirmada, este será o pior desempenho da data – apontada como o segundo principal período de vendas do varejo – desde 2004. Apesar da previsão de queda, a entidade estima que a data comemorativa irá movimentar cerca de R$ 5,7 bilhões neste ano.
Entre as opções de presentes apontadas na pesquisa, destacam-se artigos de uso pessoal e doméstico, que devem apresentar um aumento de 4,4% nas vendas em comparação com o mesmo período do ano passado. Vestuário, calçados e acessórios também mostram crescimento, de 2,3%.
“Menos dependentes das condições atuais de crédito e com variações de preços menos acentuadas nos últimos meses, as vendas nesses dois segmentos, caracterizados por tíquetes médios mais baixos, deverão responder por quase dois terços (65,8%) de toda a movimentação do varejo nessa data em 2016”, afirmou o economista da CNC Fabio Bentes, em nota.
Já para o Maranhão, a pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA) mostra que 75,8% dos consumidores de São Luís pretendem comprar algum produto para presentear no Dia das Mães, o que representa queda de 5,8% se comparado a 2015.
O cenário de baixa confiança do consumidor, diz a Fecomércio-MA, está diretamente ligada ao quadro político e econômico do país, associado a fatores como o desemprego, elevado custo de crédito e endividamento. Esses fatores, ainda de acordo com a federação, desenham um cenário de pior momento econômico para o Dia das Mães desde o início das pesquisas da Fecomércio, em 2011.
Para o estudo, foram entrevistadas 700 pessoas – homens e mulheres maiores de 18 anos – na capital maranhense, entre os dias 4 e 9 de abril de 2016, com margem de erro de 3,7% e o nível de confiança de 95%. Segundo o levantamento, o grupo de consumidores mais predisposto ao consumo é formado por homens (80,8%), com 21 a 35 anos (80,4%), ensino superior completo (77,3%) e renda familiar mensal de três a seis salários mínimos (84,8%). A média do valor do presente foi calculado em R$ 137, o que representa retração de 21,3% em comparação com o ano passado.
A expectativa de contratação de trabalhadores temporários para o Dia das Mães também mostrou queda, 5,6% em comparação com o mesmo período do ano passado. É prevista oferta de 25,6 mil vagas em todo o comércio do país. A entidade ressalta que isso corresponde ao mesmo patamar observado em 2012, quando foram geradas 25,4 mil oportunidades. O setor de vestuário deve ser o que ofertará o maior número de chances de emprego, 14,7 mil ou 57,1% do total, informou a CNC, seguido do ramo de hiper e supermercados, o maior empregador do varejo brasileiro, segundo a entidade. A oferta de vagas deve totalizar 4,6 mil postos temporários.
Os consumidores que se demonstraram dispostos a ir às compras para o Dia das Mães, 76,4% afirmaram que pretendem comprar apenas um produto; 19,8% afirmaram pretender comprar dois presentes; e 3,4%, três itens. Comparado a 2015, a intenção de comprar apenas um produto registrou alta de 14,4%.
Entre os itens preferidos para presentear, os consumidores ludovicenses indicaram os artigos de vestuário (39,4% de intenção de consumo); perfumaria e cosméticos (26,9%); e sapatos (12,2%).
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