FUTURO

Especialistas avisam: desemprego no país ainda vai piorar até 2017

No fim de 2016, a taxa de desemprego deverá ficar entre 13,5% e 14,5% e, em 2017, não deve cair, de acordo com economistas

m dos setores que devem demorar para se recuperar é o emprego, segundo especialistas. Mesmo com o afastamento da presidente Dilma Rousseff, o quadro ainda vai piorar antes de melhorar. Pelas contas do economista Alexandre Schwartsman, consultor e ex-diretor do Banco Central, a taxa de desemprego continuará elevada neste ano e no próximo. “Estamos falando continuar em dois dígitos até 2018, quando a taxa deverá voltar para abaixo de 10%. Até 2015, o aumento do desemprego resultava mais de questões demográficas e de retorno de trabalhadores ao mercado. Agora, estamos vendo fechamento real de vagas, o que não deve parar de uma hora para outra. Quando isso ocorre, a retomada do emprego tende a ser gradual. No fim de 2016, a taxa de desemprego deverá ficar entre 13,5% e 14,5% e, em 2017, não deve cair”, alerta.
O economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, prevê queda na taxa de desemprego somente a partir de 2017, se houver uma retomada da confiança e da governabilidade com o novo governo, que deverá ajustar as contas públicas. “Os juros só deverão cair com sinal fiscal forte do governo, que seria trabalhar para passar de um deficit de 2% do Produto Interno Bruto (PIB), neste ano, para pelo menos zero de superavit primário ano que vem”, explica ele, que estima que o PIB voltará a crescer em 2017, com elevação de 0,6%, dando sinais de recuperação maior provavelmente em 2018.
Monica de Bolle, pesquisadora do Peterson Institute for International Economics, em Washington, destaca que, apesar de a economia continuar ruim com a saída de Dilma, o cenário tende a ser mais grave se ela continuar. 

“O desemprego ainda vai demorar para se estabilizar. Mas haverá menor perda de vagas do que se ela ficar. O novo governo terá que reconhecer os problemas de forma explícita, buscando medidas concretas para melhorar a gestão e tapar o imenso buraco fiscal”, Monica de Bolle, pesquisadora do Peterson Institute

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