OPERAÇÃO
Primeira carga de gado 100% maranhense é embarcada pelo Porto do Itaqui
Foram embarcadas, no navio MV Rami M, 1.250 cabeças com destino ao Líbano. Foi estimada a contratação de 20 a 30 caminhões para o transporte do gado vivo entre uma fazenda localizada em Matões do Norte (MA) – e o Porto do Itaqui.

Na qualidade de autoridade portuária, a EMAP tem a responsabilidade de controlar a entrada e o embarque da carga, garantindo o cumprimento dos requisitos operacionais, de segurança, meio ambiente, legais, fiscais e aduaneiros da operação. Para esse tipo de operação foi disponibilizado o Berço 100. “Aproveitamos as experiências dos embarques anteriores e nos qualificamos para operar carga de bois vivos. Esse embarque agora reafirma a capacidade que o Porto do Itaqui tem para movimentar a economia maranhense, gerando riqueza para o estado”, afirma o diretor de operações da EMAP, José Antonio Magalhães.
A carga é de responsabilidade da Agroexport Trading e Agronegócio, empresa exportadora, que nomeou a Pedreiras Transporte como operadora portuária para os dois embarques. Foi estimada a contratação de 20 a 30 caminhões para o transporte do gado vivo entre o Estabelecimento de Pré-Embarque (EPE) – uma fazenda localizada em Matões do Norte (MA) – e o Porto do Itaqui.De acordo com Gustavo Tiveron, gerente da Agroexport, trata-se da primeira operação dessa natureza feita pela empresa no estado, que recebeutoda a assistência por parte do Governo do Maranhão. “A receptividade de todos e a sinergia dos órgãos, todos caminhando para o mesmo lado, agilizou bastante o processo e nos surpreendeu de forma muito positiva. Parabéns ao Governo do Estado pelo sucesso dessa parceria entre o público e a iniciativa privada. Esperamos continuar as atividades nesse ritmo”, frisou.
O Certificado Zoossanitário Internacional (CZI), emitido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para a exportação, assegura que os animais estão livres de doenças como febre aftosa, EEB, tuberculose bovina, brucelose, entre outras. “Nós estamos fazendo todo o controle zoossanitário para que os animais embarquem sem nenhum problema para o mercado exterior. Como estamos chancelando os nossos animais para outros países, nós temos que ter todo o cuidado e obedecer todas as exigências da Organização Mundial da Saúde Animal”, garantiu o presidente da Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Aged), Sebastião Anchieta.
Incentivo à exportação

O gestor da pasta, Simplício Araújo, destacou que a iniciativa tem como foco aproximar, neste caso, o produtor as demandas da empresa, o que estar contribuindo para que a exportação de gado vivo seja realizada com o rebanho local.“Esse será o primeiro de muitos embarques com 100% de gado maranhense. Estamos aproximando o produtor, demandas das empresas exportadoras para que comprem do Maranhão, e assim, estaremos dando maior competitividade e abrindo novos mercados. Com essa oportunidade de negócio, que é de exportação de gado vivo , vamos gerar emprego e renda para nossa gente”, disse o secretário.
De acordo com o secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca, Márcio Honaiser, a exportação de bois vivos, também chamados “boi em pé”, representa mais uma via de negócios para a pecuária do estado, que vem sendo fortalecida por meio de programas como o “Mais Produção”. “Estamos trabalhando para valorizar nossos produtos e adensar a cadeia produtiva da carne do couro, pensando não só no boi em pé, como na carne processada, como iniciativas como a construção de matadouros regionais e o fortalecimento da inspeção estadual e municipal. A carne processada agrega valor e gera emprego e renda, mas há, também, um nicho de mercado para o boi vivo. O Maranhão hoje está criando mais essa oportunidade aos nossos criadores, que podem conquistar cada vez mais espaço nos mercados interno e externo”, ressaltou.
Um segundo embarque está confirmado para os próximos dias, quando serão transportadas aproximadamente 2.300 cabeças no navio MV Spiridon II, para o mesmo destino. A carga deste navio, no entanto, não será exclusiva de gado maranhense, pois terá parte também de rebanhos oriundos do Pará.
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