INVESTIMENTO SÓLIDO//
Comprar imóveis no exterior pode ser um ótimo negócio em meio à crise
Segundo o Infomoney, a quantidade de brasileiros que procuram a capital da Flórida (EUA) para adquirir imóveis dobrou no começo de 2016
Ainda que a crise econômica nacional esteja minando o turismo, os investimentos de brasileiros no exterior têm crescido. Miami, um dos destinos mais procurados para viagens, viu crescer seus investimentos. Segundo o Infomoney, a quantidade de brasileiros que procuram a capital da Flórida (EUA) para adquirir imóveis dobrou no começo de 2016.
Hoje, o Brasil é o terceiro maior investidor de imóveis na Flórida, e a procura está focada em imóveis residenciais e em regiões valorizadas. O mercado vai na contramão dos demais investimentos, que recuaram até 15% em relação ao mesmo período no ano passado, caindo de US$ 23,9 bilhões para US$ 20,4 bilhões, segundo dados do Banco Central.
O mesmo é ressaltado pela companhia maranhense Florin Imóveis, Turismo e Investimentos, que aponta justamente a crise no Brasil e alto valor de imóveis sem grandes atrativos como principal razão para uma maior demanda por casas e apartamentos nos Estados Unidos.
Outro fator preponderante é a ressaca da bolha imobiliária de 2008. O empresário Marcos Fontoura, que começou seus investimentos em imóveis em 2011 e três anos depois fundou a Florin, com a proposta de aproximar o maranhense do mercado imobiliário americano. “Firmamos parceria com segunda maior construtora dos Estados Unidos e número 1 da Flórida, dessa forma a Florin tem imóveis em todas as grandes capitais americanas, da costa leste à oeste”, comentou Fontoura.
Com taxas de juros que variam de 4,5% a 5,5%, bem abaixo das praticadas do Brasil, além de financiamento em até 30 anos, o empresário explica que hoje é muito mais simples fazer transações comerciais de imóveis entre Brasil e Estados Unidos o que tem feito a compra e locação de imóveis um negócio rentável e em expansão. “Uma casa de férias deixa de 5% a 10% ao ano para o investidor. Comprar imóveis é ainda hoje o investimento mais sólido que existe”.
O empresário conta que há ainda uma grande mítica em torno de se colocar divisas financeiras em outros países, segundo ele os escândalos envolvendo paraísos fiscais deixam as pessoas confusas. “Desde que todo o dinheiro seja declarado não há nenhum problema. Hoje há, inclusive, um Banco do Brasil Américas, que facilita muito as transações. O cliente abre uma conta nos Estados Unidos e pode colocar dinheiro nela pelo próprio Banco do Brasil, o cliente paga apenas o IOF, até o imposto é menor”, explicou.
Hoje, de acordo com o executivo, o Maranhão possui um grande número de pessoas com potencial econômico e interesse em investir em casas no exterior, mas os trâmites legais às vezes assustam para quem pensa em fazer isso sozinho. “Além dos bancos à ainda as corretoras que facilitam o processo e cotam o dólar mais barato. Há ainda a vantagem de ser um investimento que sempre vai valorizar. Só de você transformar parte do seu dinheiro em dólar, ainda mais em um imóvel seu, você já tem um ganho. Investir em uma casa, apartamento ou loja comercial pode gerar renda em dólar para o investidor”, ressaltou Marcos Fontoura.
Quase prontas para morar
Diferente dos imóveis no Brasil, onde as construtoras entregam uma casa ou apartamento “pelado”, apenas com revestimentos na cozinha, banheiros e piso, nos Estados Unidos as casas são entregues quase prontas para morar, com cozinha e área de serviço montadas, dos móveis aos eletrodomésticos e também closets nos quartos. “Se pormos na ponta do lápis, hoje um imóvel na Penísula da Ponta da Areia, área com o metro quadrado mais valorizado de São Luís, ao final da compra de móveis e eletros e demais acabamentos, sai até 25% mais caro que comprar uma casa em um condomínio com padrão luxo em Miami, ou Orlando”, comentou Marcos.
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