FAMÍLIA

Em tempos de crise, especialistas dizem que se deve repensar estilo de vida

Preços em alta, juros elevados, desemprego. Uma legião cada vez maior de brasileiros se sacrifica ao enfrentar a maior crise da economia brasileira em décadas

CORREIO BRAZILIENSE
Sobreviver à recessão não é fácil. Com preços que sobem a cada dia, renda minguando e empregos fugindo pela porta, muitos brasileiros, acostumados com a bonança dos últimos anos, se veem sem saber o que fazer. Os sintomas são sentidos no bolso: preços altos, empregos escassos, crédito difícil. Neste ano, na mesma proporção em que os gastos aumentam, a qualidade de vida decai a cada mês.
O primeiro passo para enfrentar a crise é se conscientizar de que os tempos mudaram. A dona de casa Dolores Alves, 64 anos, lembra-se dos tempos em que conseguia viver sem sufoco financeiro. Já o filho, Ronaldo Alves, 42, mantém os pés no chão: “Hoje não existe mais conforto como antigamente. Não fazemos mais viagens, não comemos fora e estamos tentando diminuir todos os custos básicos”, conta.
Com o salário de militar, Ronaldo tem se desdobrado para pagar as contas de água, luz e aluguel. Aposentado, aos 71 anos, o pai, Domingos Alves, se preocupa com o custo de vida. O salário-mínimo que recebe de aposentadoria só rende o suficiente para comprar comida e remédios, nada além disso. “Os medicamentos dobraram de preço e, neste ano, estou gastando 300 reais por mês. O problema é que não tenho como deixar de comprar. O jeito é abrir mão de outras coisas”, explica.
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