O Imparcial – Você desbancou mais de 125 mil candidatos e ficou com uma das 16 vagas do Programa Aprendiz 7. Como foi essa experiência para um jovem pernambucano, nordestino, de apenas 20 anos que saiu daqui para ingressar no mundo dos grandes negócios no Sul do país?

Rodrigo Solano – Foi uma experiência fantástica, eu participei duas vezes do programa, fiquei em segundo lugar no “O Aprendiz – Universitário” e em terceiro no “O Aprendiz – O Retorno”. Eu costumo dividir as minhas participações em duas características: esse meu primeiro programa eu tinha 19 anos, era um jovem saindo de Pernambuco, nunca tinha andado de avião na minha vida, para passar seis meses em São Paulo disputando contra outros jovens de muita qualidade do Brasil inteiro, então eu digo que foi um período de evolução. Eu cresci muito lá dentro, o Solano que entrou é completamente diferente do que saiu, eu aprendi demais com as derrotas e com as vitórias. Aprendi o que eu acho que é primordial para o empreendedor que é a ter coragem de tentar. No meu segundo Aprendiz em 2013, eu já tinha uma vida empresarial maior por isso costumo chamar essa etapa de afirmação. Eu enfrentei pessoas mais experientes, com muito mais currículo no mercado e eu acho que eu consegui reforçar tudo que aprendi no primeiro e também cresci muito profissionalmente. Então a experiência de ter saído de Pernambuco para enfrentar uma aventura dessa acho que é algo inexplicável.

Eu diria que eu tive a maior sorte e que eu soube aproveitar da melhor maneira possível a oportunidade de ter participado de dois programas diferentes, tão intensos e como você falou com dois tubarões, com dois dos maiores empresários do Brasil. Então eu pude em trinta tarefas, quinze com o João Doria Jr. e quinze com o Roberto Justus ouvir elogios e críticas suficientes que me ajudaram muito, além de aprender muito com o comportamento, com a forma de lidar com a forma de enfrentar uma crise, com a forma de elogiar algo bem feito de dois dos maiores empresários do Brasil. Foi uma chance única, uma chance que nenhum estágio, nenhum intercambio iria me proporcionar. E eu acredito que eu soube aproveitar bem. E é isso que eu quero passar para as pessoas, que eles saibam aproveitar as oportunidades que a vida lhe dá e que você nem imagina mas quando acontecem você tem que agarrar.

Eu não só acredito no poder do jovem empresário como eu acho que ele é determinante para uma mudança. A gente está numa decadência em relação à crise, em relação ao empresariado e eu acho que eles são uma esperança. Eu acho que o jovem empresário é um empresário que vem com a cabeça diferente, que não quer fazer as mesmas coisas que seus pais, avós e chefes anteriores faziam e querem fazer diferente. Se irão fazer melhor ou pior ainda é uma incógnita, mas eu acho que querer fazer diferente do que está, ainda mais quando se sabe que está ruim, é o fator determinante pra mudar. Mudar é o que a gente precisa e tem que ser mudar para melhor.

Se eu pudesse resumir nas principais características de um empreendedor vencedor, eu diria atitude e coragem. Porque não existe ação, muito menos reação sem coragem pra tomá-las e principalmente sem atitude para dar o primeiro passo. Você vê muita gente com grandes ideias, com muita vontade, mas com pouca ação. Se você não tiver a atitude para dar o primeiro passo você pode ser um grande cientista, um grande inventor, um grande dono de um produto novo mas se você não fizer, alguém vai e faz antes do que você. Você precisa ter atitude pra colocar a coisa pra andar.