CONSTRUÇÃO CIVIL

Investindo em loteamentos para fugir da crise

O setor da construção civil é responsável por cerca de 6,5% do PIB do país, e algumas empresas investem em loteamentos para superar a crise

Diante do cenário econômico que o país vivencia atualmente, não está fácil para nenhum setor produtivo da economia brasileira. Um exemplo é a construção civil. Essa área é responsável por 6,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e emprega, em média, 13 milhões de pessoas. Porém, a realidade está sendo outra, algumas obras estão paradas e o número de vagas vem caindo, segundo a Câmara Brasileira da Construção Civil (Cbic). Somente nos últimos cinco meses, foram fechados 250 mil postos de trabalho. Em 2014, o setor encolheu 2,6%. Este ano, a queda estimada será de 5%.
Ronierd de Barros, empresário

De acordo com o empresário do setor Ronierd Barros, há quatro anos o cenário era outro. Ele observou de perto a expansão do setor com o número elevado de apartamentos sendo construídos para a classe A e também investimentos voltados para o popular.

Hoje existe também a demanda para a classe popular, porém, as construtoras estão tendo dificuldades em receber recursos do governo federal, destinados ao programa Minha Casa, Minha Vida, é o que afirma o Sindicato da Construção Civil do Estado (Sinduscon). Na plataforma do site do sindicato, há a afirmação de que os atrasos começaram em dezembro de 2013 e vêm se repetindo, provocando sérios prejuízos às construtoras e ao mercado, já que ficam sem ter como arcar com os compromissos firmados com trabalhadores e fornecedores.
Investindo em loteamentos

Na contramão da crise, a empresa Ronierd Barros Empreendimentos aposta em loteamentos no segmento popular e para classe A. De acordo com o empresário Ronierd Barros, em momento de crise, o loteamento facilita a construção da casa própria, pois as prestações são baixas, com melhor forma de financiamento, além de o morador receber o empreendimento com água, energia, rede de esgoto, asfalto com qualidade e de responsabilidade da construtora da obra. “Nosso foco é loteamento, a gente financia para o nosso próprio cliente, nós somos o banco. Além disso, o morador recebe um bairro planejado, com todas as condições de infraestrutura. Isso é muito bom para o município e para a sociedade”, ressaltou.

Construções populares
Os investimentos populares geralmente são construídos entre os bairros Forquilha e São José de Ribamar, pois há menor custo nas terras desta área. Mas, antes, é feita uma pesquisa para atender esse futuro morador. Em empreendimentos da Ronierd Barros, eles buscam bairros estruturados e independentes para fazerem seus investimentos, com fácil acessibilidade e próximo a shopping, hospital, supermercado e farmácia.
É o caso do loteamento que será lançado em março de 2015, no bairro da Cidade Operária, “Cidade dos Sonhos, Cidade Operária”. Com 1.200 lotes, de 8m de frente e 25m de fundo, cada casa a ser construída poderá ter, em média, quatro pessoas morando e uma parcela de aproximadamente de R$ 350, divididas em 180 vezes. “O loteamento é entregue com toda a estrutura e isso significa que vou ter que cuidar do asfalto 180 vezes, da água, e você fazendo sua casa… Sai mais em conta e o morador faz da forma que ele quiser, não tem obrigação de quando vai terminar. Com essa crise é uma boa opção”, ressaltou Ronierd Barros.
Outro loteamento a ser entregue pela Ronierd Barros Empreendimentos e Sol Empreendimentos é o Portal do Mar, localizado na Praia de Ponta Verde, em Panaquatira, com 188.984,47m², área total de 7.080,56m², área de lazer, no total de 392 lotes residenciais e 15 lotes comerciais. O empreendimento já foi vendido em 85%.
A obra será entregue em junho de 2017, é um empreendimento de alto padrão e uma opção de segunda moradia. A estrutura é composta com diversas áreas de lazer e para práticas de esporte, salão de festa e segurança. Além de um restaurante no local, também para o público externo. As empresas responsáveis tiveram a preocupação com a questão ambiental e será construída uma rede para tratamento de esgoto, onde terá destinação adequada.
Para o empresário, a melhor maneira de se equilibrar na corda bamba da economia é oferecer um bom atendimento, entender o cliente e facilitar o pagamento. “Está todo mundo apertado, tudo aumentou e o salário achatou. Em meio à crise, a gente continua acreditando e investindo, realmente ela existe e é impactante, em todos os setores. Hoje, alinhamos tudo com o cliente”, concluiu.
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