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Dia das Crianças sem previsão de grandes lucros

Apesar da situação econômica do país, lojistas se mantém otimistas. Segundo a pesquisa da Fecomércio, a previsão é de queda de 3,4% nas vendas para este ano

Foto: Karlos Geromy/OIMP/D.A.Press.


Karlos Geromy/OIMP/D.A.Press

Estudo da Fecomércio-MA e da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) indica que 70,7% pretendem comprar

O comércio varejista da capital já contabiliza os lucros com as vendas do Dia das Crianças. A data é comemorada no segundo domingo deste mês, dia 12, mas os estoques em várias lojas da Rua Grande, maior centro comercial de São Luís, estão renovados para atrair a mais exigente clientela: a meninada. A comemoração movimenta diversos setores do comércio, principalmente o de brinquedos, roupas e calçados infantis. Apesar da situação econômica do país que tem influído nos volumes de venda e contratações, lojistas acreditam em incremento nas vendas. Afinal de contas, todos querem agradar as crianças. A previsão é de queda de 3,4% nas vendas para esta data, mas o consumidor está disposto a presentear. É o que diz pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA) e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). O estudo indica que 70,7% pretendem comprar presentes para a criançada.

Pela pesquisa, 41,4% dos consumidores demonstraram interesse em adquirir apenas um produto; 32,0% afirmaram que devem comprar até dois produtos; e 15,5% consideraram a possibilidade de comprar até três produtos. Já para 11,1% dos consumidores entrevistados, a data deverá motivar a compra de quatro ou mais produtos. Apesar do nível de intenção de consumo ter regredido na comparação anual, a disposição dos consumidores em comprar mais de um produto cresceu. Em 2014, esse índice era de 87,1%, crescimento de 166,6% entre os que comprariam dois presentes e de 3.000% entre os que desejam adquirir três produtos. “A combinação entre inflação elevada, juros recordes e a confiança do consumidor nos pisos históricos tem marcado negativamente este ano, em termos do desempenho do setor varejista”, analisa o presidente da Fecomércio-MA, José Arteiro da Silva.
No que se refere aos gastos, ficaram nas faixas de R$ 51 a R$ 100 (31,0%), de R$ 101 a R$ 150 (15,5%) e de R$ 151 a R$ 200 (14,6%). O valor médio do presente ficou em R$ 90 e das compras, incluindo a comemoração e quem vai comprar mais de um presente, ficou em R$ 172. Em relação a 2014, o valor do presente recuou 32,3%, enquanto o valor geral da compra avançou 5,5%. Ou seja, os consumidores de São Luís pretendem comprar maior número de produtos, no entanto, itens mais baratos. “O que consideramos mais significativo é o fato do cliente continuar tendo o desejo do consumo”, disse Arteiro. O levantamento de Intenção de Consumo para o Dia das Crianças 2015 em São Luís abordou 700 pessoas, entre homens e mulheres com mais de 18 anos, nos principais pontos de circulação de consumidores da capital, entre os dias 9 e 12 de setembro.
Lojistas estão otimistas
Os números negativos não tiraram o otimismo dos lojistas, que, bem antes da data, decoraram os espaços com opções que cabem em todos os bolsos. “As pessoas já começaram a pesquisar os presentes e alguns já estão comprando, aproveitando os preços bem convidativos”, ressalta o lojista Antônio Cícero Lisboa. O gerente de uma loja de departamentos aponta que o movimento é constante no setor de brinquedos e roupas infantis. “Nós renovamos o estoque e a clientela está pensando mesmo é no Dia das Crianças. Comprando antes para economizar mais tarde”, analisa Antônio Almeida.
Com objetivo de estimular a criançada, as lojas, estrategicamente, organizaram os estoques de forma a chamar atenção para as novidades. Para as meninas, as bonecas ainda são os brinquedos mais procurados. Com preços que variam de R$ 10 chegando a R$ 300, este tipo de brinquedo oferece modelos que dizem frases, cantam músicas e se movimentam. Tudo para atrair a meninada. Os carrinhos e bonecos de super-heróis são o maior atrativo para os garotos. Este segmento dispõe de modelos a partir de R$ 5, os mais simples, e ultrapassando os R$ 400, peças mais sofisticadas ou de marcas famosas.
As marcas já não são o foco dos pais na hora de comprar. A preferência tem sido por brinquedos de diversas linhas, diz o vendedor Marcelo Crisma Santana, de 38 anos. Segundo ele, entre os pequenos, de dois a cinco anos, o atrativo são os personagens de desenho infantil como a Pepa, um dos mais procurados e com preços de R$ 15, nos vendedores ambulantes e até R$ 150, nas lojas especializadas. As tradicionais bonecas da Barbie também continuam no páreo e podem ser encontradas a partir de R$ 30, modelo mais simples, em lojas de departamento na Rua Grande. Outros modelos famosos nos desenhos infantis como Baby Alive e Monster High estão na lista de desejos das meninas. Além dos super-heróis e carrinhos, os meninos também procuram os jogos, principalmente de lutas e corridas.
O setor de roupas anima o segmento que espera um aumento nas vendas, com a aproximação da data. “Estamos com coleções renovadas e variedade, também modelos que estão na moda com preços diversos”, conta a vendedora Mariana Cantanhede, de 23 anos.
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