PRODUÇÃO INDUSTRIAL

Pesquisa revela queda no volume de produção da indústria maranhense

Os dados divulgados pela FIEMA apontam que o índice relativo à produção das empresas caiu; no Brasil e no Nordeste, a tendência é inversa

SÃO LUÍS – Uma pesquisa elaborada pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA) no período de 1º a 15 de abril, apontou que o volume de produção da indústria maranhense voltou a cair no mês de março de 2015. Segundo os dados divulgados pela Sondagem Industrial, o índice relativo à produção das empresas caiu 1,2 pontos em comparação a fevereiro, marcando 41,3 pontos. O indicador varia de 0 a 100. Abaixo de 50 sinaliza queda na produção e acima aumento da produção.
Esse resultado foi reflexo do expressivo recuo das médias e grandes empresas que desceram abaixo dos 40 pontos, atingindo 38,5 pontos. Já as pequenas empresas demonstraram sinais de recuperação ao marcar 46,8 pontos, mas ainda indicando uma produção retraída.
Na contramão do estado do Maranhão, os índices do Brasil e do Nordeste voltaram a figurar próximo dos 50 pontos, marcando 48,2 e 48,9 pontos, caracterizando uma tímida retomada da produção.
Acesso ao crédito – O índice que mede o acesso ao crédito para os empresários maranhenses apresentou um pequeno crescimento em relação ao 4º trimestre de 2014, mas ainda configurando dificuldades. Já o índice brasileiro caiu mais ainda, marcando 32,7 pontos.
Margem de lucro operacional – A margem de lucro operacional no 1º trimestre de 2015 se manteve no patamar dos 41,3 pontos. Demonstrando uma margem significativamente ruim. O indicador brasileiro apresentou grande queda em relação ao trimestre passado ao atingir 35,4 pontos.
Situação financeira – A situação financeira tanto das empresas maranhenses (41,5 pontos) como das brasileiras (40,5 pontos) se deteriorou no primeiro trimestre de 2015. Com os indicadores se situando abaixo da faixa dos 40 pontos, caracterizando uma adversa situação financeira.
Preço médio das matérias-primas – Já o preço médio das matérias-primas se encontra em uma crescente no 1º trimestre de 2015. O índice do Maranhão marcou 67,5 pontos, com o do Nordeste bem próximo com 66,9 pontos e o do Brasil ficou acima da linha dos 70 pontos.
Principais problemas enfrentados pela indústria maranhense – Os problemas mais citados pelos empresários industriais maranhenses, no primeiro trimestre de 2015, foram a falta de demanda e a elevada carga tributária, que marcaram 44,5 e 35,3 pontos, respectivamente. Destaque também para o problema com a matéria-prima, que foi considerada escassa e com um alto custo, ambas marcando 29 pontos.
A pesquisa também apontou a elevada retração da Utilização da Capacidade Instalada, que caiu 8 pontos em março, atingindo 53%. A efetiva-usual continua bem abaixo dos 50 pontos, marcando 36 pontos, com isso o número de empregados prossegue em baixa com 42,2 pontos.
As expectativas para os próximos meses demonstraram recuos consideráveis, destaque para o número de empregados e para a compra de matéria-prima, que caíram abaixo do patamar ideal dos 50 pontos, apontando para um período futuro de instabilidade.
A Sondagem Industrial do Maranhão é elaborada mensalmente pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA) em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Indústrias dos segmentos de Alimentos, Vestuário, Couros, Derivados do petróleo, Biocombustíveis, Química, Limpeza e perfumaria, Plásticos, Minerais não metálicos, Metalurgia, Produtos de metal, Veículos automotores, Móveis, Manutenção, Reparação e Instalação de Máquinas e Equipamentos, participaram da sondagem de março.
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