Bendine: novo conselho da Petrobras não terá integrantes do governo federal

A União, como acionista majoritária, tem direito a escolher sete das 10 cadeiras do conselho da companhia

O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, adiantou que o novo Conselho de Administração da companhia, que deverá ser criado ainda nesta semana, terá um perfil mais do técnico que tem atualmente, “sem integrantes do governo federal”. A União, como acionista majoritária, tem direito a escolher sete das 10 cadeiras do conselho da companhia e vários ministros de estado costumam ocupá-las, como os titulares da Fazenda, do Planejamento e de Minas e Energia.

“O melhor negócio do mundo é uma empresa de petróleo bem administrada”

John Dl Rockfeller

“Recebi da União uma prerrogativa (para escolher os integrantes do Conselho) de uma performance mais técnica e de mercado, sem a participação de membros do governo federal, até para orientar um novo desenho da empresa em relação a isso”, afirmou Bendine aos senadores que questionaram o aparelhamento do atual conselho e que questionaram as suas responsabilidades sobre as perdas de mais de R$ 40 bilhões apontadas no balanço da estatal com má administração e com corrupção. A previsão é que os novos integrantes sejam conhecidos amanhã (29/04).

A cadeira da presidência do conselho da Petrobras era ocupada pelo ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, e, desde o fim de março deste ano, vem sendo ocupada interinamente pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. A ex-ministra do Planejamento e atual presidente da Caixa, Miriam Belchior, também faz parte do conselho.
Bendine participa de audiência conjunta da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e da Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado Federal, iniciada na manhã desta terça-feira (28/04), para explicar o balanço da companhia de 2014 divulgado na semana passada e que aponta perdas de R$ 6,2 bilhões somente com a corrupção .
Os senadores Ricardo Ferraço (PMDB-ES) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) criticaram a má gestão da companhia e citaram uma célebre frase do empresário John Dl Rockfeller “O melhor negócio do mundo é uma empresa de petróleo bem administrada. E o segundo pior negócio do mundo é uma empresa de petróleo má administrada” para tentar fazer analogia com o que aconteceu com a empresa nos últimos anos de governos petistas.
“O PT deu conta de quebrar esse conceito e transformou a Petrobras no pior negócio do mundo”, disse Caiado criticando o modelo de partilha que acabou afastando grandes investidores para os leilões de petróleo no país. “Desperdiçamos cinco anos sem fazer leilão quando o barril estava acima de US$ 100”, emendou.
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