Dia do Pantanal: bioma brasileiro vem sofrendo com incêndios e queimadas
Pantanal foi declarado pela Unesco em 2000 como Reserva da Biosfera Mundial. Hoje corre risco de não se reerguer novamente em razão das queimadas.
Nesta terça-feira (12), é comemorado o Dia do Pantanal, bioma conhecido por ser a maior área inundável do planeta. A data surgiu a partir de uma proposta apresentada ao Conselho Nacional do Meio Ambiente, que criou o “Dia do Pantanal”, em homenagem ao ambientalista Francisco Anselmo de Barros, que morreu em 2005, após atear fogo ao próprio corpo em protesto para a defesa do bioma.
O Pantanal também é conhecido pela sua vasta cobertura vegetal, com mais de 3,5 mil espécies de plantas terrestres e aquáticas, e pela variedade de animais, com a maior concentração de espécies silvestres, além de peixes e aves. Entretanto, nos últimos anos, esse paraíso brasileiro vem sofrendo uma enorme degradação ao servir como cenário de queimadas e incêndios causados pela ação humana.
As principais atividades desenvolvidas no Pantanal estão ligadas ao setor primário da economia, entre eles, o setor agrícola, pecuarista e extrativista. Tais setores têm avançado cada vez mais na economia e produzido atividades econômicas que são consideradas prejudiciais ao meio ambiental.
Destruição
Nos primeiros meses de 2020 e nos últimos de 2024, foram registradas queimadas e incêndios de larga escala que destruíram grande parte da fauna e da flora do Pantanal, levando à extinção de algumas espécies de animais e à degradação do solo. Segundo o pesquisador em geociências, Marcus Suassuna, o ano de 2021 foi registrado como o ano mais seco da história, juntamente com 1964 e 1971.
Ações como a extração ilegal da madeira, a pesca predatória e a preparação do solo por meio das cinzas das queimadas agravam o cenário nacional do bioma brasileiro e contribuem para o efeito estufa e o aquecimento global.
Diante disso, lembrar do Dia do Pantanal é também lembrar da responsabilidade do povo brasileiro em cuidar do que lhes pertence. O bioma carrega parte da história e da beleza natural do país, ficar parado enquanto o homem o destrói em troca da ganância capitalista é assistir a própria destruição.
* Fonte: com informações de Abismo Anhumas e Agência Gov