Do papel de bala à garrafinha: lixo plástico prejudica das redes de esgoto ao oceano
Planeta produz mais de 400 milhões de toneladas de plástico por ano; menos de 10% é reciclado.
Junho tem como destaque o Dia Mundial do Meio Ambiente (5/6), data que chega ao seu 50º aniversário em 2023. Criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1972, tem como objetivo relembrar as pessoas da necessidade de preservação do meio ambiente e do uso responsável dos recursos naturais.
Neste ano, o tema lançado pela ONU para o dia é “Soluções para a Poluição Plástica”, com o foco em promover a reflexão da população, empresas e órgãos públicos sobre a questão, e pensar em soluções que possibilitem a redução do consumo de plástico e o descarte incorreto do material.
Segundo a organização, mais de 400 milhões de toneladas de plástico são produzidas a cada ano em todo o mundo e menos de 10% são reciclados. Um dos grandes problemas disso é que parte de todo esse plástico vai parar nos oceanos, prejudicando e contaminando a vida marinha.
Se engana quem pensa que ao jogar plástico em cidades que não são litorâneas não contribui para a poluição. Um estudo do Instituto de Oceanografia da Universidade de São Paulo (USP), divulgado em 2022, demonstrou que um terço de todo plástico consumido no país tem grande chance de parar no oceano e 67% chegam ao mar pelos rios.
Ou seja, aquele papel de bala, aquela garrafa de água, entre outros que são jogados nas cidades também podem contribuir para a poluição dos oceanos.
Alerta: Prejuízos também ao Sistema de Esgoto
Os prejuízos causados ao meio ambiente pelo descarte incorreto de plásticos (e outros resíduos) não param por aí. A BRK, concessionária responsável pelos serviços de água e esgoto em São José de Ribamar e Paço do Lumiar, reforça que o descarte incorreto dos plásticos também prejudica as redes coletoras de esgoto.
Ao jogar em pias, privadas e ralos, itens como cotonetes, tampas de pastas de dentes, entre outros materiais plásticos, a coleta pode ser comprometida pelo entupimento da tubulação, o que pode ocasionar o extravasamento do efluente e causar prejuízos à saúde da população e ao meio ambiente.
Reduzindo os impactos
Por isso, cada um na sua casa pode ajudar a reduzir esses impactos seguindo alguns passos como: Separar o lixo por tipo de material, lavá-los e embalá-los corretamente, pesquisar qual a destinação de cada material, entre outras ações sustentáveis.
Segundos dados do Instituto de Oceanografia da USP, cada brasileiro produz, em média, 16 quilos de lixo plástico por ano. Quando esse material não é destinado corretamente, a seleta coletiva não acontece ou ainda quando o plástico não é reciclável os impactos ao meio ambiente são enormes.
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