Abram Alas para o Carnaval Sustentável! Este é o nome do projeto que a Agência Executiva Metropolitana (AGEM) levará ao circuito da folia durante os quatro dias de carnaval. A ação teve início na sexta-feira (17) e se estende até esta terça-feira (21).

Inicialmente, duas cooperativas de catadores de resíduos recicláveis estão envolvidas na ação: a Cooperativa de Resíduos Sólidos do Maranhão (Coressoma) e a Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de São José de Ribamar (Ascam).

O projeto é patrocinado pela Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP) e o apoio na divulgação está sendo feito pelo Fórum Estadual de Educação Ambiental.

De acordo com o presidente da Agência Executiva Metropolitana, Leônidas Araújo, a inciativa surgiu da necessidade de encontrar soluções para além da destinação final no Aterro de Titara, prática atualmente realizada por nove municípios da Região Metropolitana da Grande São Luís, que faz parte de um projeto do governo do Estado, por meio da AGEM. 

“Queremos despertar a população para a importância do reaproveitamento dos materiais, em vez de apenas aterrar os resíduos sólidos. Esse é um processo que também envolve a educação para um consumo consciente”, disse Leônidas. 

A educação, inclusive, é um ponto focal das ações que vêm sendo montadas na Agência Executiva Metropolitana, na área de projetos ambientais.

Segundo a advogada especialista e professora de Direito do Saneamento, Elizabeth Oliveira, é possível contribuir para a redução do lixo que resulta dos eventos carnavalescos, sobretudo plásticos e latinhas.

“Há uma quantidade muito grande de resíduos gerados pelas festas e isso pode ter um impacto nos corpos hídricos, devido ao período chuvoso, bem como nas galerias pluviais e redes de esgoto”, explicou Elizabeth Oliveira, que coordena as ações ambientais da AGEM.

Proposições

O Abram Alas para o Carnaval Sustentável busca atender a, pelo menos, um dos eixos da economia circular, que é a redução de resíduos e da poluição. 

“Entendemos que podemos ter êxito nessas áreas, desde que tenhamos a colaboração da sociedade, no sentido de um despertar para a consciência ambiental e práticas sustentáveis”, enfatizou Elizabeth Oliveira.

A advogada destaca que a demanda por projetos na área ambiental se amplia. “Como temos um contato próximo com as cooperativas de catadores, entendemos que é de grande contribuição envolvê-los nos projetos”, justifica Elizabeth Oliveira.

Durante o Abram Alas, os catadores de resíduos vão para os locais dos eventos com o propósito de recolher os materiais recicláveis por meio de bags, que são levadas para as cooperativas para comercialização.

“Assim será gerada renda para esses trabalhadores”, informou Elizabeth.