Relatório

Dino diz que vai encaminhar relatório da CPI das Pirâmides Financeiras para PF

No último mês, o colegiado aprovou relatório que pede ao órgão policial o indiciamento de 45 pessoas.

Ministro da Justiça Flávio Dino. (Foto: Reprodução)

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta última terça-feira (17) que vai encaminhar para a Polícia Federal o relatório da CPI das Pirâmides Financeiras da Câmara dos Deputados. No último mês, o colegiado aprovou relatório que pede ao órgão policial o indiciamento de 45 pessoas. Entre elas estão o ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho, do irmão dele, Roberto Assis Moreira, e dos sócios da 123 Milhas – os irmãos Ramiro e Augusto Madureira.

O ministro destacou que em função de “milhares pessoas lesadas” em função de crimes “graves”, o tema será prioridade máxima no Ministério da Justiça. “O relatório da CPI apresenta pessoas e indícios de crimes graves de lavagem de dinheiro, sonegação, estelionato e organização criminosa. E tudo isso vai ser enviado separadamente à Polícia Federal. Nós acreditamos que, a partir da velocidade que o relatório da CPI propicia, nós vamos ter uma questão de meses para a conclusão de alguns desses procedimentos”, garantiu.

Ele ainda ressaltou que em função do número expressivo de sugestão de indiciamentos – foram 45 no total -, há possibilidade de o caso ter outros desdobramentos, uma vez que “esses recursos ilegais provavelmente provém de outras atividades ilícitas”. “Claro que casos mais complexos demandam uma investigação complementar mais longa da Polícia Federal para envio ao Ministério Público, mas posso afirmar a toda a nação que esses casos gravíssimos, de bilhões de reais, de milhares de pessoas lesadas, serão prioridade máxima no Ministério da Justiça”.

O deputado federal Aureo Ribeiro (SD-RJ), que presidiu a CPI instalada em maio no Legislativo, disse  que cerca de quatro milhões de brasileiros foram lesados pelos esquemas investigados pela CPI, e que o montante movimentado foi de cerca de R$ 100 bilhões. Uma CPI não tem o poder de processar criminalmente. Ela pode sugerir medidas ao Ministério Público Federal e à Justiça que, a partir do relatório, decidem se dão ou não prosseguimento às acusações. 

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