Quebradeiras de Coco Babaçu ministram oficina de culinária
O evento visa trabalhar a utilização da Farinha do Mesocarpo para produção de bolos e biscoitos
Acontece hoje, 26, a Oficina de Culinária com produtos do Babaçu, ministrada por Quebradeiras de Coco Babaçu acompanhada de bate-papo com a socióloga, Graciela Rodriguez. O evento visa trabalhar a utilização da Farinha do Mesocarpo para produção de bolos e biscoitos.
O momento começa às 17h, com depoimento das quebradeiras de coco babaçu sobre o beneficiamento do fruto, uma maneira de empoderamento e organização social.
Por meio da atividade associativa, as quebradeiras fortaleceram valorização do modo de vida da mulher quebradeira de coco; aumentaram o capital social das comunidades; desenvolveram capacidades, lideranças e empreendedorismo entre as mulheres a exemplo da criação da Cooperativa Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu – CIMQCB, fundada em dezembro de 2009, além do fortalecimento da organização social das mulheres em várias frentes, inclusive contra a violência física e sexual.
O Babaçu fornece ampla variedade de produtos úteis, pois toda a planta é aproveitada e muitos subprodutos são obtidos. O fruto constitui o eixo central socioeconômico nas regiões do MA, PA, PI e TO. Obtemos desde manteiga vegetal de sabor agradável e de valor nutritivo até as amêndoas podem ser consumidas in natura, como também produzem um óleo rico em ácido láurico que é usado em diversos fins: na alimentação humana, na produção de cosméticos, como lubrificante e pode ser transformado em biodiesel. De todas as partes da planta, o fruto é a que apresenta o maior potencial econômico, chegando a produzir mais de 64 subprodutos.
Estima-se que haja atualmente cerca de 300 mil quebradeiras de coco babaçu no Brasil. Apesar do Projeto de Lei estar em andamento no estado do Tocantins, todas as quebradeiras de coco do país podem sofrer os efeitos decorrentes da propagação dessa lógica de destruição socioambiental.