Restaurantes com pratos assinados por chefs renomados podem ser intimidadores. Além do preço, a aura do ambiente requintado pode passar a ideia de que a alta gastronomia é para poucos ou que deve fazer parte apenas de ocasiões especiais. Umas das formas encontradas por grandes cozinhas mundo afora para atrair público e mostrar a filosofia do lugar são os menus executivos, versões simplificadas dos pratos oferecidos a la carte.
Em geral, o menu executivo segue a fórmula entrada, prato e sobremesa a preço fixo – o que se chama serviço em três tempos (alguns restaurantes servem até cinco tempos). “Durante a semana, o horário para almoço costuma ser curto. Por isso, os pratos são versões mais simplificadas e leves daqueles servidos a la carte. Mas não se perde em sabor”, explica a chef Célia Rossetti, que assina o cardápio do Sabina Restaurante, no Pestana São Luís.
Versões mais simples e com preços mais acessíveis poderiam sacrificar a qualidade, mas a chef Célia Rossetti garante que não. “O menu executivo é uma forma do cliente conhecer nosso tempero, então não faria sentido não servir pratos de qualidade. Ele não retornaria ao restaurante e a estratégia não funcionaria. O que acontece é que menus executivos focam em poucas opções em cada serviço, são três ou quatro pratos a escolher para cada tempo. Dessa forma otimizamos a preparação e a compra de ingredientes”, esclarece.
Ganha o cliente, que tem a oportunidade de degustar de um serviço gourmet com preço mais acessível, e o restaurante, que, em geral, acaba fidelizando o público, inclusive em outros serviços e horários. “Dá para comer bem, pois tem entrada, principal e sobremesa. Sem ter a sensação de ficar muito cheia, mas sim satisfeita. O menu vem com a ideia de que a pessoa vai desfrutar dos três momentos”, acredita Célia Rossetti.
O menu executivo do Sabina Restaurante é servido durante o almoço de segunda a sexta-feira, a um preço de R$ 49,90, não inclui bebidas e taxa de serviço é opcional.