en­tre­vis­ta Yglésio Moi­sés

“Mo­to Club foi o cam­peão moral”, diz pre­si­den­te do clu­be

Yglesio analisou a participação do Moto no futebol nos três meses de 2023, apesar dos fracassos na Pré-Copa do Nordeste e disputa do título estadual.

Torcida do Moto Club apoia o time durante partida no Castelão. (Foto: Reprodução)

Encerrada a participação no futebol, após o jogo do último domingo, o Moto Club agora trata da liberação dos jogadores até a próxima competição oficial. Mesmo sem conquistar o título, o Rubro-Negro tem vaga garantida na Copa do Nordeste (fase preliminar) e Copa do Brasil de 2024.

Se quiser disputar a Série D do Campeonato Brasileiro, o clube terá de concorrer via Copa FMF, caso o estado do Maranhão consiga manter a mesma quantidade de vagas na competição nacional da Confederação Brasileira de Futebol.

Balanço

Nesta terça-feira (28), O Imparcial ouviu o presidente Yglesio Moises, que analisou a participação do Moto no futebol nos três meses de 2023. Segundo ele, apesar do fracasso na primeira fase (Pré-Copa do Nordeste) faltou o título estadual, que teve tudo para ser oficialmente das cores rubro-negras não fora o que considerou grave erro da arbitragem no jogo final com o Maranhão Atlético Clube. 

“Foi uma recuperação muito boa, que o time apresentou depois da chegada de Léo Silva e Marcinho. O grupo ganhou motivação, surpreendeu muita gente que vinha exagerando nas críticas e até achando que este ou aquele atleta não servia mais, porém, dentro de campo eles chegaram à final e entendo que fomos campeões morais devido à forma como acabamos sendo prejudicados”.

Yglesio dirigiu sua crítica à arbitragem do clássico Maremoto, quando o Moto marcou um gol aos 50 minutos do segundo tempo, isto é, um minuto após os acréscimos determinados pela arbitragem e acabou tomando o gol de empate aos 54, para, na sequência ser eliminado nas cobranças livres direto da marca do pênalti.

Presidente do Moto protestou contra arbitragem na final do Maranhense 2023. (Foto: Divulgação/Alema)

“Foi um erro gravíssimo, que vai para a história. Não há explicação para aquilo que se viu no Castelão, onde tomaram o título do Moto Club”, lamenta o dirigente.

Copa FMF

Yglesio não garante a presença do Moto na Copa FMF a fim de que possa em 2024 possa disputar a Série D do Campeonato Brasileiro. No seu entendimento, por ser uma competição deficitária, o clube só deveria participar se tivesse um suporte financeiro suficiente para brigar pelo acesso à Série C.

Elenco rubro negro do início de 2023 terá de ser parcialmente desmontado. (Foto: Thiago Lima)

“Apesar das cotas de ajuda da CBF a partir deste ano, a Série D ainda assim vai exigir dos clubes que desejam o acesso um investimento bem maior. O Moto precisaria de no mínimo R$1,2 milhão ( um milhão e duzentos ml) para entrar na disputa com um time capaz de subir. Não vai adiantar entrar para disputar uma ou duas fases e só aumentar o prejuízo financeiro. O Moto precisa também montar um time forte para passar às próximas fases da Copa do Nordeste”, calcula.

Reeleição

Interrogado sobre sua candidatura à reeleição nas eleições marcadas para novembro deste ano, Yglesio adiantou que não pretende concorrer, mas tem ouvido apelo de alguns conselheiros para que seja novamente candidato e permaneça no cargo.

“Já disse que estou concluindo meu mandato, infelizmente não conquistei os títulos que desejava, mas alguns conselheiros já estão apelando para que eu permaneça. Por enquanto, o que tenho definido é que devo terminar meu mandato e o clube é que decide qual o melhor caminho a ser seguido depois disso”.

Liberação de atletas

O Moto já iniciou a liberação dos atletas que atuam fora do estado. Passagens foram entregues, salários de fevereiro estão sendo pagos e nos próximos dias o clube também acerta com alguns funcionários que não têm como permanecer no clube devido à paralisação do departamento de futebol.

“Lamentamos, porém, não temos como manter empregados sem trabalhar”, analisa.

Penhoras

Yglesio também revelou que da renda do primeiro jogo da final, contra o MAC, no Municipal, o clube ficou com apenas R$ 11 mil. Nada menos que R$ 20 mil ficaram com a Justiça do Trabalho para pagamento de parte dos débitos contraídos pelo clube em administrações anteriores.

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