A poderosa França de Mbappé, Griezmann e Giroud vai em busca do tricampeonato mundial. Em uma partida atípica nesta quarta-feira (14), os atuais campeões abriram o placar logo cedo e levaram pressão do surpreendente Marrocos no Estádio Al Bayt, em Al Khor.

Mas foram mais efetivos. Com gols de Theo Hernández e Kolo Muani, venceram por 2 a 0, avançaram e vão enfrentar a Argentina na grande final da Copa do Mundo do Catar.

A decisão do Mundial está marcada para este domingo (18), a partir das 12h (de Brasília), no Estádio Icônico de Lusail. Assim como os franceses, os argentinos também buscam o tricampeonato.

As seleções perdedoras nas semifinais se enfrentam um dia antes, pela decisão do terceiro e quarto lugares. A bola rola também às 12h, no Estádio Internacional Khalifa, em Doha.

Para igualar Itália e Brasil

Campeã na Rússia em 2018, a França tenta ser o terceiro país a conquistar a Copa do Mundo duas vezes seguidas. Antes, a Itália (1934 e 1938) e o Brasil (1958 e 1962) conseguiram o feito.

A preparação marroquina para a semifinal deixou muitas dúvidas. As classificações heróicas nas fases anteriores trouxeram consigo desgaste e problemas físicos em vários jogadores, especialmente os da defesa.

Contra a atual campeã França, o técnico Walid Regragui resolveu mudar o sistema e escalou o time com três zagueiros – um a mais do que utilizou nas partidas anteriores. A estratégia, porém, caiu por terra logo no começo.

Também desfalcada (Rabiot e Upamecano ficaram fora por gripe), a França não demorou a marcar. Logo aos cinco minutos, o lateral-esquerdo Theo Hernández aproveitou bate-rebate na área e finalizou de canhota, no alto: 1 a 0.

Naturalmente, o gol no início mudou o panorama esperado para a partida. Acostumada a esperar o adversário e contragolpear, a Seleção Marroquina se viu obrigada a agredir a França.

O time, que trocou em média 248,5 passes por jogo até as quartas de final, chegou aos 244 só no primeiro tempo diante dos franceses. A mudança estratégia veio acompanhada de uma alteração tática: a saída do zagueiro e capitão Saiss para a entrada do meio-campista Amallah.

Marrocos nunca tinha saído perdendo no Mundial. O cenário adverso teoricamente deixaria o time desconfortável. Porém, o que se viu foi um jogo aberto.

A França levava certo perigo, é verdade, mas a Seleção Marroquina criou chance atrás de chance e chegou a acertar uma bicicleta na trave, com o zagueiro El Yamiq. Mas faltou o gol.

Marrocos pressiona, mas França mata jogo

Na volta para o segundo tempo, Marrocos aumentou a pressão e fez a bola rondar perigosamente a área francesa em vários momentos.

A França recuou e flertou com o perigo. Mbappé era a única saída para contragolpes, mas sofria com a marcação e as faltas adversárias.

A pressão de Marrocos, porém, não resultava em gol. Incomodado com a dinâmica do jogo, o técnico Didier Deschamps tentou aumentar o poder de contra-ataque da França com as entradas de Thuram e Kolo Muani nos lugares de Giroud e Dembélé, respectivamente.

A reta final da partida parecia que reservaria tensão aos franceses, mas Muani – que acabara de entrar – aproveitou sobra de bela jogada de Mbappé. Sozinho, debaixo da trave, só empurrou para as redes aos 34 minutos: 2 a 0.

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