Alemanha consegue empate em jogo contra a Espanha e garante permanência
Com o resultado, todas as seleções ainda têm chance de se classificar para a etapa do mata-mata.
Tendas árabes costumam servir banquetes. Era o que se esperava do encontro entre Espanha e Alemanha neste domingo, no Al-Bayt Stadium, uma arena encantadora erguida no meio do deserto árabe.
O duelo mais midiático da fase de grupos atraiu mais de 700 jornalistas credenciados e deixou quase 500 sem lugar no estádio. O quitute servido na noite de gala foi futebol de alto nível em um agradável empate por 1 x 1.
O resultado deixa o Grupo E embolado. A Espanha lidera com quatro pontos. Japão e Costa Rica surgem logo atrás em segundo lugar com três cada. A Alemanha amarga a lanterna com um ponto. Os quatro países podem se classificar.
Os espanhóis terão pela frente o Japão na rodada final. Simultaneamente, a Alemanha enfrentará a Costa Rica. As vagas podem ser decididas nos critérios de desempate. Pior para a Costa Rica. Embora tenha vencido o Japão nesta segunda rodada, por 1 x 0, a seleção centro-americana foi humilhada por 7 x 0 pela Espanha na estreia.
O alto nível do clássico europeu começava no banco de reservas com um duelo raro entre dois técnicos campeões da Champions League. Luis Enrique brindou o Barcelona com o título de 2015, em Berlim, contra a Juventus. Cinco anos depois, Hansi Flick guiou o Bayern de Munique à glória, em Portugal, com direito a 8 x 2 diante do Barcelona nas quartas. A entrada oferecida pelos dois “chefs” confirmou um cardápio saboroso na tenda árabe.
O primeiro tempo do clássico foi melhor do que a semifinal inteira entre as duas seleções na Copa da África do Sul, em 2010. A Espanha tentou assumir o controle do jogo com toque de bola e trocas de posição envolventes. A trupe de Luis Enrique quase abriu o placar em um chute no travessão de Dani Olmo e em um chute de fora da área do lateral-esquerdo Alba.
A Alemanha suportou a pressão inicial, equilibrou o duelo e passou a incomodar. Gnabry arriscurou chute de fora da área. O zagueiro Rudiger balançou a rede, comemorou com a torcida germânica, mas enquanto isso o VAR acusava impedimento.
A intensidade do duelo caiu no segundo tempo, mas a Espanha tratou de reaquecer o jogo aos 16 minutos do segundo tempo. Um dos triunfos da esquadra ibérica é o repertório ofensivo variado. Uma trama iniciada na esquerda, nas costas de Sule, deixou Alba em condição de cruzar a bola na primeira trave para o centroavante Morata fuzilar Neuer.
Os alemães tiveram chance de empatar em uma bola enfiada no meio da zaga espanhola para o jovem Musiala. O jovem de 19 anos nascido em 2003 tremeu. Inexperiente e sem a frieza necessária em uma Copa, chutou em cima do goleiro Simón.
Na hora da sobremesa, a persistente Alemanha tirou o doce da boca da Espanha com um gol do atacante Fullkrug. O atacante do Werder Bremen teve oportunismo para encher o pé e decretar a igualdade em um jogo com repertório tático riquíssimo para quem ama futebol.