O caso de uma suposta fraude está sendo apurada pela Federação das Associações de Atletas Profissionais (FAAP) aqui no Maranhão, onde o ente associado à Associação de Garantia ao Atleta Profissional (AGAP) teria que devolver cerca de R$ 38 mil em recursos que seriam para custear cursos de especializações para ex-atletas e atletas profissionais do estado.

Além de uma investigação interna, a FAAP desligou a AGAP-MA da federação nacional desde janeiro deste ano, após uma visita de dirigentes da entidade nacional em São Luís, onde verificaram as instalações da sede e no local onde estariam sendo realizados os cursos de pós-graduação para três associados do ente maranhense.

Atualmente, de acordo com a FAAP, se um ex-atleta ou atleta profissional associado à AGAP-MA desejar fazer uma especialização com recursos e benefícios da FAAP, tem que ir diretamente à federação nacional, que fica em Brasília-DF.

O trâmite era realizado pela AGAP-MA, mas como esta está sob investigação, os associados maranhenses têm que fazer diretamente com a FAAP, desde do dia 12 de janeiro deste ano.

Nossa reportagem entrou em contato com a FAAP, após denúncias de atletas e ex-atletas terem revelado que não estavam conseguindo mais fazer cursos de especialização pela AGAP-MA.

A reportagem falou com Antônia Jardim, que é responsável pelo setor de benefícios da FAAP. Ela passou o contato de duas pessoas que estavam responsáveis pelo caso, sendo que um deles esteve no Maranhão para averiguar a situação de perto.

Nossa reportagem entrou em contato com o superintendente Júlio Tanus e falamos sobre o caso de suposta fraude. “Com relação à AGAP do Maranhão, estamos tratando o assunto internamente. Não gostaríamos neste momento de nos manifestar a respeito desta situação até que tenhamos uma solução final. Os atletas e ex-atletas do Maranhão estarão sendo atendidos diretamente pela FAAP até que tudo seja esclarecido”, revelou.

Por outro lado, existe um relatório que foi entregue à FAAP onde consta uma vistoria na sede e local da Instituição de Ensino onde supostamente três associados da AGAP-MA estariam fazendo cursos de pós-graduação, que duram mais de três anos.

Presidente da AGAP-MA rebate supostas acusações

A Associação de Garantia ao Atleta Profissional (AGAP) do Maranhão atualmente é presidida por Dannilo Mesquita Moraes Filho, e localizada na Rua Abranches Moura, Casa 3, Quadra DI, Conjunto Newton Bello, bairro da Alemanha.

No fim de 2021, a AGAP-MA recebeu visita da FAAP, onde uma pessoa ligada à Federação passou alguns dias para fazer algumas vistorias. Ele teria verificado muitos problemas, que vão desde falta de estrutura na sede à incoerências no local onde as especializações estavam ocorrendo. Tudo consta de um relatório e entregue à direção da FAAP.

A nossa reportagem também ouviu o presidente da AGAP-MA. Em relação a essa visita, Dannilo revelou ter recebido a pessoa ligada à FAAP de forma tranquila e ainda a levou no endereço, que fica localizado no João de Deus, onde funciona a Instituição de Ensino, onde estaria fazendo o curso.

O presidente da AGAP-MA se diz muito tranquilo, que tem todas as documentações, movimentações bancárias e se defende das supostas acusações alegando que está sofrendo perseguição por parte da Federação.

“Eles puniram a gente sem nenhum processo legal e direito a defesa”, disse. Ele também afirmou que a Instituição de Ensino que estaria sob suspeita tem toda a documentação e é legalizada. A empresa que ministra o curso, o CNPJ é RG Contabilidade e Pós-Graduação.

“A gente fez um curso de Contabilidade na Prática. Temos documentos. Não pedimos curso de pós-graduação”, garantiu o presidente do órgão.

Dannilo ainda disse que os membros da FAAP tomaram medidas de forma autoritária. “Eu fiz uma live com eles e me disseram que enquanto estiver lá vai estar suspenso o convênio e só vão reativar quando eu deixar o cargo”.

O presidente da AGAP-MA disse que vai tentar resolver a situação de forma administrativa, mas caso não consiga irá procurar a Justiça. Dannilo ainda revelou que a AGAP de Sergipe também estaria sofrendo com a mesma perseguição da FAAP.