FUTEBOL MARANHENSE

Presidentes de clubes se posicionam sobre possível paralisação nos campeonatos nacionais

Sérgio Frota, do Sampaio Corrêa, e Miltinho Aragão, do Juventude de São Mateus, são contrários à suspensão do futebol.

Reprodução

O Ministério Público deverá recomendar à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que paralise as competições do esporte em todo o país, em virtude da piora no cenario de pandemia. Uma carta, assinada em conjunto pelos presidentes das comissões estaduais de segurança em estádios, será entregue em breve à entidade que rege a modalidade no país, pedindo que o esporte seja novamente parado no Brasil, assim como ocorreu em 2020.

Na última quarta-feira (03), o técnico do América-MG, Lisca, que inclusive já treinou o Sampaio Corrêa, ganhou as manchetes ao fazer um apelo emocionado à CBF para que suspensa as competições nacionais, como a Copa do Brasil. O Conselho da Conmebol resolveu suspender a realização dos jogos válidos pelas rodadas 05 e 06 das Eliminatórias para a Copa do Mundo FIFA Catar 2022, programados para este mês.

A decisão ocorre pela impossibilidade das seleções em convocarem os jogadores sul-americanos que atuam em outros continentes devido às barreiras sanitárias. Diante desse cenário, a reportagem de O Imparcial entrou em contato com os presidentes dos clubes maranhenses que disputam ou disputarão competições nacionais ainda em março, sobre a possibilidade de paralisação dos campeonatos. A Federação Maranhense de Futebol (FMF) não se pronunciou sobre suspensão do Estadual.

Sérgio Frota, presidente do Sampaio Corrêa, e Miltinho Aragão, mandatário do Juventude, se posicionaram contra a suspensão das competições (veja abaixo). O Tricolor está atuando pela Copa do Nordeste e estreará na próxima quarta-feira na Copa do Brasil, em partida contra o Rio Branco, no Espírito Santo. Já o Paraquê entrará em campo no dia 17 deste mês, também pela Copa do Brasil, para encarar o Operário-PR, em São Mateus. Entramos em contato com o presidente do Moto Club, Natanael Júnior, mas até o momento não obtivemos retorno.

– Sérgio Frota, presidente do Sampaio Corrêa:

“A situação realmente não é fácil para se tomar uma decisão. Mas eu, particularmente, tenho uma posição tomada. Nós devemos seguir os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde e pelas secretarias estaduais e municipais de saúde. No Sampaio nós estamos adotando todas as medidas possíveis, evitando a entrada de pessoas estranhas no CT, álcool em gel em todas as salas e evitando aglomeração de pessoas. Se a gente paralisar o futebol, só no Sampaio teremos em torno de cem pessoas desempregadas. Então, como presidente do clube e empresário, eu sou contra essa suspensão completa do futebol. Tem gente que não ganha salários altos e precisa trabalhar. Gostaria muito que disponilizassem as vacinas para os profissionais do futebol, porque nós faríamos um esforço para comprar e aplicar no clube” .

– Miltinho Aragão, presidente do Juventude de São Mateus:

“Sou completamente contra a paralisação do futebol. O futebol já parou parcialmente, com a ausência de torcida e a redução no quadro de funcionários, com tudo limitado. Parar por inteiro é desempregar milhares de famílias dos jogadores, que sustentam esses familiares, por isso precisamos ter sensibilidade. Os atletas estão, em sua maioria, em locais específicos, com uma alimentação diferenciada e um treinamento que eleva a sua imunidade. O futebol é onde menos aglomera, porque os estádios não estão recebendo ninguém e os atletas que estão em campo fazem exame constantemente, nas competições nacionais eles fazem obrigatoriamente o exame a cada semana. Só entra em campo quem está apto, a partir da avaliação médica, portanto não tem o menor sentido (paralisar o futebol)”.

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