VÔLEI

Após seis medalhas olímpicas como técnico, Bernardinho deixa a Seleção

Sucessor será Renan dal Zotto, medalhista de prata em Los Angeles-1984

Reprodução

 

Na tarde desta quarta-feira, se encerrou um ciclo de quase 16 anos e incontáveis títulos no voleibol masculino. Em coletiva da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Bernardinho se despediu da Seleção Brasileira e o ponteiro da Geração de Prata de 1984, Renan Dal Zotto assumiu como novo treinador. “Há dois dias não durmo. Desde o momento que vi que teria que tomar essa decisão”, disse Renan.

Desde a conquista da medalha de ouro dos Jogos Olímpicos do Rio 2016, Bernardinho já havia dado sinais de que deixaria de treinar a equipe brasileira de vôlei. Diretor de Seleções da CBV, Renan foi o nome escolhido para dar sequência ao trabalho de um dos maiores treinadores da história do esporte brasileiro. Segundo o novo técnico, o trabalho segue como antes. “A filosofia e metodologia de trabalho estão muito alinhadas com a da comissão técnica campeã, até porque estava lá dentro”, frisou.Bernardinho marcou uma era na história do vôlei brasileiro. Como jogador, integrou a Geração de Prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984. Posteriormente, como técnico, levou a Seleção feminina a dois bronzes olímpicos, em Atlanta 1996 e Sydney 2000. Mas foi na Seleção masculina onde alcançou um novo patamar no esporte. “”A influência (do Bernardinho) no trabalho sempre será positiva. Assim como fiz com ele, sei que irá me ajudar nos momentos de dificuldade”, disse Renan.

O cargo de treinador da Seleção masculina parece ter sido feito sob medida para Bernardinho. Assumindo em 2001, pouco antes da Liga Mundial daquele ano, em que se sairia campeão sobre a Itália, estreou em um amistoso contra a Noruega, em Portugal, como parte da preparação para a competição, que teria sua fase final realizada na Polônia. Sob seu comando os brasileiros conquistaram duas medalhas de ouro olímpicas (Atenas 2004 e Rio 2016), duas pratas (Pequim 2008 e Londres 2012), três títulos mundiais (2002, 2006 e 2010), além de oito Ligas Mundiais (2001, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009 e 2010).

Um dos motivos que pesaram na sua escolha de se desligar do cargo de técnico da Seleção masculina foi a ausência familiar. Em constantes viagens com o conjunto nacional, o treinador ficava distante de compromissos pessoais. Também à frente do Rio de Janeiro, time atual campeão da Superliga feminina de vôlei, Bernardinho chegou a propor à Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) que assumisse um cargo de bastidores na entidade, promovendo seu auxiliar Rubinho ao comando da Seleção masculina principal. Assim, ele poderia seguir respirando voleibol e morando em sua cidade. No entanto, a ideia foi negada pela alta cúpula do esporte.

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