Batalha na Floresta

Moto Club enfrenta Atlético Acreano em jogo decisivo

Moto Club enfrenta o time acreano no Estádio Florestão, em Rio Branco-AC, e precisa vencer para passar à próxima fase da Série D

Os primeiros 90 minutos do confronto entre Moto Club e Atlético-AC, em São Luís, foram dramáticos para o representante maranhense. O empate de 2 a 2 não teve sabor de derrota, mas deixou nos motenses uma ligeira sensação de que a melhor oportunidade de garantir o acesso teria escapado naquela tarde-noite do último domingo. Os acreanos, por sua vez, festejaram, embora não tendo obtido a vitória. É que o regulamento da competição dá uma grande força a quem faz gol na casa do adversário. Se um já era bom, marcando dois a situação ficou bem melhor.
Hoje, às 19h, no Estádio Florestão, que tem capacidade para 10 mil torcedores e é considerado um verdadeiro “caldeirão”, o “Galo Azul” quer cantar alto, mesmo que o resultado aponte 0 a 0 ou 1 a 1. Agora, se o placar de São Luís (2 a 2) for repetido, aguenta coração! Nesse caso, a decisão será por meio de cobranças de tiros livres da marca penal. Esta é a opção que nenhuma das equipes deseja, mas se vier, o que importa é ter frieza e categoria para conquistar, com eficiência, o resultado.
Vantagem?
O irrequieto treinador do Atlético Acreano, Álvaro Miguéis, que já havia dito com bastante antecedência, que “torcida não ganha jogo e sim os onze jogadores em campo”, acertou no primeiro palpite, pois aqui, no Castelão, o Atlético-AC nem tomou conhecimento dos 15 mil motenses que marcaram presença, embora não fossem tão vibrantes como em ocasiões anteriores. Um motivo a mais para o Rubro-Negro, comandado por Ruy Scarpino, não se sentir incomodado nesta noite com a presença de cinco a seis mil atleticanos.
A expectativa dos motenses é de que o favoritismo do Atlético está apenas no placar construído em São Luís. Mas, foi analisando todos os erros praticados naquele jogo do Castelão que o técnico Ruy Scarpino decidiu fazer três alterações – uma forçada pelo terceiro cartão amarelo recebido pelo zagueiro Fred – e as demais de ordem tática. Luís Fernando, Kléo, Chris e Thiago Miracema começam jogando, ou seja, reforço em todos os setores, que deixam o time preparado para se defender bem e dar o bote na hora certa. Foi com esta certeza que o grupo viajou para Rio Branco, onde aguarda ansiosamente a grande batalha do Florestão.
Retrospecto
Moto Club
O Moto Club de São Luís já participou três vezes na Série D, onde estreou em 2009, conseguindo uma modesta 22ª posição. Sua melhor colocação foi no ano de 2014, quando obteve o 6º lugar. Nesta edição de 2016, o Moto está invicto jogando em casa, e em 11 jogos venceu quatro, empatou seis e perdeu um. Marcou quinze gols, sofreu apenas sete. Tem como principais artilheiros Muller Brenner com três gols, Fred, Gabriel e Marcos Paulo com dois gols e Cris, Diego Renan, Felipe Dias, Marcio Goiano, Thiago Miracema e Wanderson apenas 1.
Atlético-AC
Jogando no Florestão, o Atlético-AC não perde uma partida desde o dia 16 de maio de 2013, quando foi derrotado para o time do Plácido Domingo, por 1 a 0, em jogo válido pela semifinal do Campeonato Acreano. Já são 24 jogos e o Galo conquistou 21 vitórias e três empates.
Desde do ano de 1995, o Atlético não disputa a Série C do Brasileiro, ou seja, está há 21 anos fora da competição. Naquela oportunidade, o time foi eliminado logo na primeira fase e terminou na última colocação do grupo 14. Em 2012, voltou a disputar a Série D e ficou com a décima oitava colocação. Ficou fora em 2013 e, em 2014, em vigésimo, sendo eliminado, também, na primeira fase.
Neste Campeonato Brasileiro da Série D, de 2016, em 11 jogos, o Atlético teve 7 vitórias e 4 empates, marcou 34 gols e sofreu 12. Tem como principais artilheiros Eduardo,7 gols; Raianderson (6), Josy e Polaco (3); Diego, Psico e Leandro (2); e Alfredo, Luís Henrique, Pé de Ferro, Renato e Tagrodara (1).
Atlético-AC
 
Franco; Fellype, Miller, Diego e Alfredo (Léo); Leandro, Tragodara e Careca; Polaco, Rafael Barros e Eduardo.
Técnico: Álvaro Miguéis
Moto Club
Márcio Arantes; Diego Renan, Luís Fernando, Wanderson e Chico Bala; Felipe Dias, Curuca, Kléo e Marcos Paullo; Chris e Thiago Miracema.
Técnico: Ruy Scarpino
Local: Estádio Antonio Aquino (Florestão)
Início: 19h
Árbitro: Bruno Arleu de Araújo (RJ)
Assistentes: Thiago Henrique Neto Correa Farinha e Andrea Izaura Maffra Marcelino de Sá (RJ)
Eles acreditam !
Muitos torcedores do Moto estão esperançosos na classificação do time para a próxima fase da Série D e do acesso para a terceira divisão em 2017. O Imparcial ouviu alguns deles:
Valdinei Silva de Lima

Valdinei Silva de Lima (Carioca), 43 anos (mestre-de-obras da construção civil).

“Não falo só como torcedor, mas como amante das coisas boas da nossa terra e do futebol maranhense. Acredito no acesso do meu time e torço para que Ruy Scarpino acerte no esquema tático e na escalação do time. Gosto do esquema 4-4-2, adotado no jogo anterior, e na minha concepção torna-se mas viável, porque a equipe fica mais fechada.”
Oldair Carvalho Monteiro

Oldair Carvalho Monteiro (50 anos), funcionário público.

“Acredito na classificação e no acesso até o último minuto”. Sou motense, na minha família é uma tradição que passa de pai pra filho. No caso do Scarpino, eu manteria o time. Sabemos que jogando fora de casa, o Moto Club é mais time. Sinto o time motivado, é só jogar com seriedade que o resultado aparece. O acesso será inevitável.”
Edilson dos Santos Barros

Edilson dos Santos Barros (60 anos) trabalhador autônomo

“Como todo torcedor motense, estou confiante. Sinceramente, não gosto muito do esquema tático do Ruy Scarpino. Em seu lugar, eu jogaria com o esquema 4 – 5 – 1, ou seja, quatro jogadores na zaga, cinco no meio de campo e um no ataque, isto daria mais velocidade ao ataque. Enfim, Moto é Moto e a classificação está garantida”.
Amarildo Correa da Luz

Amarildo Correa da Luz (41 anos – guarda civil municipal PMSJR e agente comunitário de Saúde em São Luís)

“Eu preferia o esquema 3 – 5 – 2, porque o Moto precisa da vitória e não tem que jogar na retranca, tem que ir para cima do adversário. Se eu fosse o Scarpino, essa seria a minha escalação: Márcio Arantes, Luís Fernando, Wanderson e Felipe Dias; Valderrama, Curuca, Marcos Paulo e Gabriel; Thiago Miracema e Müller.
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