A passagem foi rápida. Yane Marques passou apressada pelo saguão do Aeroporto dos Guararapes, no Recife, de onde tomou um voo para Curitiba. Os poucos momentos, porém, foram suficientes para que ela fosse bastante aplaudida pelos fãs. Um dia após ter sido eleita porta-bandeira da delegação brasileira na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, a pentatleta pernambucana de Afogados da Ingazeira parte para um periodo de aclimatação de duas semanas no sul do país. De lá, já parte para o Rio, onde, partir do dia 18, buscará uma medalha para o Brasil no penatlo moderno.

 

Nas rápidas palavras proferidas à imprensa, Yane mostrou tranquilidade no discurso e nos gestos. Disse que passou o fim de semana na casa onde reside, em Campo Grande, Zona Norte do Recife. Comeu uma panela de caranguejo, que adora. A partir de agora, a rigidez da preparação exigirá concentração, que ela garantiu ter de sobra. Entre as pessoas que saudaram a atleta, estava o engenheiro Dorival Almeida, de 76 anos, cujas palavras de incentivo resumem o clima do embarque. “Não é todo mundo que tem o privilégio de carregar a bandeira. Eu e minha família toda estamos torcendo muito por você”, disse.

 

Antes da disputa do pentatlo moderno no Rio de Janeiro, onde tentará a segunda medalha olímpica – a primeira foi o bronze nos jogos de Londres, em 2012 -, Yane passará 15 dias em Curitiba. Lá, treinará com atletas de outras sete delegações olímpicas, entre elas Estados Unidos, Alemanha, Itália e França. A única pausa nesse tempo é justamente na próxima sexta-feira, quando carregará a bandeira com as cores do Brasil na abertura dos Jogos. Durante o período de treinos, a pernambucana estará acompanhada do fisioterapeuta Josenir Dutra, que a acompanhou durante toda a temporada.