Rio de Janeiro ­ Brasil e Argentina jamais haviam se enfrentado pelo vôlei feminino na história das Olimpíadas. Nossas vizinhas, depois do massacre sofrido na noite dessa segunda-­feira, dia 08, no Maracanãzinho, certamente torcerão para o confronto demorar a acontecer outra vez. A Seleção de José Roberto Guimarães ganhou por 3 sets a 0, parciais de 25/16, 25/19 e 25/11. Imparável no ataque, Sheilla foi o grande nome da partida, com 14 pontos marcados. Natália fez 10.

O resultado foi ainda mais impactante do que o 25/14, 25/21 e 25/13 aplicado na frágil seleção de Camarões, na primeira rodada. A diferença? Ao contrário da estreia, quando Zé Roberto fez diversas substituições para tirar a pressão olímpica das reservas, desta vez o time titular ficou em quadra quase todo o tempo. Jaqueline, por exemplo, só entrou quando faltavam 13 pontos para o Brasil fechar o jogo ­ e, acredite, isso levou apenas 10 minutos.

A vitória veio no embalo do maior sucesso de Anitta, uma das estrelas da Cerimônia e Abertura. Antes de cada set, o DJ tocava “Show das poderosas” e a torcida seguia, meio à capela. Preparada, mesmo, a Argentina não estava: o time só conseguiu fazer seu primeiro ponto de bloqueio quando a partida já estava virtualmente encerrada, com 15 x 9 para o Brasil no terceiro set.

O destaque negativo ficou por conta de Léia, em atuação instável, principalmente nos dois sets iniciais. A líbero entregou os dois primeiros pontos da Argentina no jogo em lances fáceis e, na segunda parcial, não pulou numa bola que caiu a centímetros de distância ­ único lance que fez Zé Roberto demonstrar irritação.

Com as vitórias nas duas primeiras rodadas, o Brasil deixa a classificação para a próxima fase em ótimas condições. De olho na liderança do Grupo A, a equipe enfrentará Japão (quarta­feira), Coreia do Sul (sexta-­feira) e Rússia (domingo) no encerramento do Grupo A, precisando de só uma vitória para avançar.