Rio 2016

Nadadores americanos brigaram em posto de gasolina, diz polícia

Segundo investigação, nadadores não foram assaltados, como disseram, e sim “arrumaram confusão” em posto de combustíveis na Barra da Tijuca

A Polícia Civil do Rio informou no início da tarde desta quinta que os nadadores norte-americanos que disseram ter sido assaltados no fim da madrugada de sábado para domingo, dia 14, no último fim de semana, na verdade se envolveram em uma briga antes de voltar à Vila dos Atletas.
De acordo com o chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Veloso, os atletas, alcoolizados, “arrumaram confusão” em um posto de gasolina na Barra da Tijuca, na zona Oeste do Rio e danificaram alguns objetos. Em seguida, seguranças do local teriam repreendido os americanos e chamado a Polícia Militar. Antes, porém, os nadadores pagaram o prejuízo e foram embora.
Em um vídeo, cedido pela polícia e exibido pela TV Globo, é possível ver seguranças mandando que os nadadores ficassem sentados no chão aguardando os policiais. Os atletas teriam resolvido o caso antes de a polícia chegar ao local, e dado US$ 40 (aproximadamente R$ 130) para resolver os danos causados no posto.
“(O suposto assalto alegado pelos atletas) Foi muito estranho, porque as vítimas de roubo tem celulares e relógios subtraídos, e eles aparecem nas imagens das câmeras com estes objetos, depois do acontecido”, disse Fernando Veloso à emissora.
Segundo o delegado Alexandre Braga, titular da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo, houve dificuldade para obter informações dos nadadores sobre o incidente, porque eles afirmaram nos depoimentos que não lembravam com exatidão do que acontecera. Segundo Braga, os fatos foram esclarecidos porque um motorista de táxi que transportou algumas testemunhas procurou a polícia e forneceu algumas informações.
Depois das informações do taxista, o Canal de Atendimento ao Cidadão da Polícia recebeu a informação de que os seguranças estavam com medo de prestar informações devido à grande repercussão do caso. Policiais foram ao posto de gasolina e, segundo Veloso, convenceram os seguranças a depor.
O chefe da polícia disse que os nadadores podem responder pelos crimes de falsa comunicação de crime. O delito é leve, punido com um a seis meses de detenção (não reclusão, ou seja, não ficariam presos) ou multa.
VERSÃO
No último final de semana, Ryan Lochte, James Feigen, Gunnar Bentz e Jack Conger prestaram queixa de um suposto assalto sofrido na madrugada de domingo, quando voltavam da Casa da França, na Sociedade Hípica, na Zona Sul do Rio, de onde saíram às 5h45. Lochte voltou para os Estados Unidos na segunda-feira. Depois que a Justiça determinou a apreensão dos passaportes dos atletas, Bentez e Conger foram retirados, na noite de quarta, do avião que os levaria de volta aos Estados Unidos. Feigen teria feito o check-in pela internet, mas não foi visto no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro e estaria em um hotel.
Policiais suspeitaram da versão do assalto, porque os depoimentos de Lochte e Feigen eram contraditórios. Um vídeo que mostra a chegada à dos nadadores à Vila dos Atletas, após o suposto roubo, aumentou as suspeitas. Os atletas pareciam portar carteiras e celulares e, descontraídos, brincavam, o que não seria de se esperar após um episódio de violência.
VER COMENTÁRIOS
Polícia
Concursos e Emprego
Esportes
Entretenimento e Cultura
Saúde
Negócios
Mais Notícias