A seleção brasileira masculina de ginástica artística não precisou esperar o fim do dia para ter certeza de que estaria na final por equipes dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e conseguir um resultado histórico para o País. Até o Mundial de Glasgow, em 2015, o Brasil nunca tinha sequer classificado a equipe completa para uma Olimpíada e, logo na estreia, já vai para a briga por medalha.
Ao término da segunda subdivisão, por volta das 17 horas, o Brasil aparecia em quarto lugar, atrás de Estados Unidos, Japão e Grã-Bretanha. Faltando apenas quatro equipes para competir (Ucrânia, China, Rússia e Suíça), o País, no pior dos cenários, teria garantido o oitavo e último lugar. Com o resultado, os donos da casa já podem se preparar para a fase decisiva, na segunda-feira.
Os brasileiros fecharam a primeira eliminatória confiantes na classificação depois de totalizar 268,078, pontuação próxima à soma obtida pelos japoneses (269,294). Isso se deve ao bom desempenho de Arthur Zanetti nas argolas e de Diego Hypolito no solo e do papel cumprido pelos ditos generalistas nos aparelhos em que o Brasil estava desfalcado – barras paralelas, barra fixa e cavalo com alças.
Arthur Nory Mariano e Sérgio Sasaki estão próximos da disputa do individual geral entre os 24 ginastas mais completos dos Jogos Olímpicos. Sasaki também está no páreo na final dos saltos, mas Nory não teve sucesso em seu ponto mais forte, a barra fixa. A surpresa ficou por conta de Francisco Barretto Júnior, que tirou a nota 15,200 na barra fixa e torce para não ser ultrapassado pelos rivais da terceira subdivisão.