Pouco adiantaram o apoio do público mineiro às francesas e as insistentes vaias direcionadas à goleira Hope Solo. Embora não tenha mostrado seu melhor desempenho, o time norte-americano fez prevalecer o status de grande favorito à medalha de ouro e venceu a Seleção Francesa por 1 a 0, gol da melhor jogadora do mundo, a meia Carli Lloyd, neste sábado, no Mineirão.
Com o resultado, o time dos EUA assumiu a liderança isolada do Grupo G, com seis pontos. A França permaneceu com três. Na próxima rodada, as norte-americanas enfrentam a Colômbia, terça-feira, às 19h, na Arena da Amazônia. No mesmo dia e horário, as europeias encaram a Nova Zelândia, na Arena Fonte Nova.
Nas arquibancadas, o público mineiro abraçou a Seleção Francesa. Continua grande a rejeição às jogadores norte-americanas, como visto na partida de estreia contra as neozelandesas, na última quarta-feira.
A goleiro Hope Solo mais uma vez foi perseguida pelos torcedores. Ela foi vaiada e a cada vez que encostava na bola ouvia o grito de ‘zika’, em referência ao temido vírus que tirou vários atletas dos Jogos do Rio. Isso porque antes dos Jogos, Hope postou foto com um ‘arsenal’ de repelentes contra o zika, ganhando a antipatia dos brasileiros. Depois ela até se desculpou, mas nada que acalmasse a ira dos torcedores mineiros.
Durante os 90 minutos, alguns torcedores tentaram emplacar os gritos de “Olê, França”. Por outro lado, com a presença de mais norte-americanos na capital mineira, eles apoiavam com o conhecido canto “USA”.
No primeiro tempo, as francesas foram superiores. Aos 15 minutos, a zagueira Renard acertou o travessão das americanas. Dez minutos depois, a atacante Dalie chutou forte, mas Hope Solo colocou para escanteio. Já no fim da etapa inicial, a camisa 1 dos EUA fez grande defesa ao abafar chute cara a cara. O bom desempenho de Hope evidenciou que as vaias do público mineiro não foram sentidas. A melhor chance do time ianque foi em cobrança de falta de Heath.
Na etapa final, os Estados Unidos melhoraram no jogo. Acertaram a marcação e encontraram espaços na defesa da França. O bom momento das atuais tricampeões olímpicas logo surtiu efeito. Aos 17 minutos, em ataque pela esquerda, a atacante Heath recebeu livre na área, chutou na trave e, no rebote, Lloyd abriu o placar. A melhor jogadora do mundo só escorou para o fundo das redes: 1 a 0. Este é o segundo gol dela nos Jogos Olímpicos. A França ainda tentou o empate até o fim do jogo, com boas chances, mas não foi competente o suficiente para igualar o marcador.
Apesar de não ter conquistado a simpatia dos mineiros, o time norte-americano deixa Belo Horizonte ainda mais credenciado à medalha de ouro olímpica.