As substâncias ilícitas detectadas em exame antidoping de Jon Jones foram reveladas nesta segunda-feira pela Comissão Atlética de Nevada, entidade que regulamentou o UFC 200, realizado em 9 de julho, em Las Vegas. Cortado da disputa pelo cinturão unificado dos meio-pesados às vésperas do evento, ‘Bones’ foi flagrado por uso de dois bloqueadores de estrogênio (clomiphene e letrozole), em exames feitos pela USADA em16 de junho, período considerado fora de competição. O órgão parceiro do Ultimate no controle de dopagem notificou o caso do ex-campeão a três dias para o combate, mas não revelou quais eram as substâncias.

Substâncias proibidas pela Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA, na sigla em inglês), o bloqueador de estrogênio atua como um normalizador de taxa de testosterona no organismo. O nível de estrogênio (hormônio feminino) aumenta desproporcionalmente, quando o corpo não produz testosterona naturalmente. Desta forma, o bloqueador diminuiu a quantidade de estrogênio, forçando o organismo a voltar produzir testosterona.

Esta é a segunda vez que o ex-campeão é flagrado em exame antidoping. Em 2015, ele testou positivo por uso de cocaína, em resultado divulgado após a vitória na primeira luta contra Daniel Cormier. Na ocasião, Jon Jones foi apenas multado pelo UFC e se livrou de punição. Meses depois, Jones se envolveu em crime de trânsito, foi sentenciado a 18 meses em liberdade condicional e teve o cinturão retirado pelo UFC. ‘Bones’ voltou a lutar em março deste ano, com vitória na disputa pelo título interino contra Ovince St. Preux, garantindo a chance de enfrentar ‘DC’ pelo cinturão unificado, em revanche que acabou novamente desmarcada. Anderson Silva assumiu a vaga de Jones às pressas e acabou derrotado por pontos.

Com o novo episódio de doping na carreira, Jon Jones não deve escapar de punição. Afastado preventivamente, ele pode ser suspenso por até dois anos, de acordo com as normas da política antidoping da USADA, que tem o respaldo do UFC para aplicar sanções aos atetlas.